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07 junho 2011

Cervejas especiais já representam 4,5% do setor

O consumo global de cerveja chegará à marca dos dois bilhões de hectolitros em 2013. A previsão é de um dos mais importantes institutos de pesquisa, exclusivo da indústria mundial de bebidas, a Canadean, em seu Global Beer Trends de 2010. É nesse contexto que acontece a 11ª Brasil Brau – Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja - de 5 a 7 de julho, em São Paulo. Terceiro maior produtor mundial, o Brasil possui cerca de 100 plantas de cervejarias e produz 10,91 bilhões de litros ao ano, com um consumo per capita de 57 litros e faturamento de R$ 31 bilhões.


As mais de 100 microcervejarias já representam 4,5% do setor e têm apresentando um crescimento de 15% ao ano. Os investimentos no setor não param. A Amazon Beer, de Belém, está investindo R$ 12 milhões numa nova planta industrial com capacidade para 70 mil litros dia. Com isso, passará a vender seus seis tipos de cerveja ao mercado, antes restritas ao bar de mesmo nome na Estação das Docas. Já a Colorado, de Ribeirão Preto (SP), promoverá a avant premiere da Grão Pará, feita com Castanha do Pará torrada. Será a degustação do primeiro lote, na forma de chope da cerveja, cuja ‘receita’ foi desenvolvida pelo mestre cervejeiro Ricardo Rosa. A Colorado investiu nos últimos meses R$ 250 mil em novos tanques, treinamento, capacitação de pessoal e em eventos (com a presença de especialistas estrangeiros). 
Entre os lançamentos, um dos mais esperados é a Vivre pour Vivre, da Falke Bier, de Belo Horizonte, uma das pioneiras do espaço Degusta Beer, da Brasil Brau. Como é característica das demais cervejas da marca, como a carro chefe, Monasterium, a Vivre pour Vivre também harmoniza com música. No caso, a trilha sonora do filme homônimo. A preciosidade, que deverá chegar às melhores casas do ramo a R$ 200, passa quatro anos em maturação e 60% do volume produzido é descartado. As seletas degustações da Vivre pour Vivre já deixaram os especialistas impressionados e fizeram dela a cerveja mais comentada no mundo hoje. Trata-se de uma fruit beer, que após a maturação passa por uma terceira fermentação, com adição da frutose da jabuticaba, tipicamente nacional (endêmica do Brasil).


Charlie Papazian (presidente da Brewers Association – EUA), Randy Mosher (escritor e cervejeiro americano), Conrad Seidl (escritor e jornalista austríaco, autor de “O Catecismo da Cerveja”), Doug Odwell (dono de micro cervejaria em Fort Collins, Colorado, EUA), Stephen Beaumont (canadense, crítico internacional de cervejas), estão entre os poucos escolhidos para provar a Vivre pour Vivre. “Monsier Nassin, sócio do bar cervejeiro Moeder Lambic, de Bruxelas, ficou impressionado”, conta Marco Falcone, o produtor.  

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