No dia 22 de julho, por volta das 13h, os contribuintes brasileiros deverão ter arrecadado aos cofres públicos R$ 800 bilhões, segundo registra o Impostômetro.
O Impostômetro - ferramenta criada há seis anos pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT e mantida pela Associação Comercial de São Paulo - ACSP, que faz o registro dos tributos pagos pelos contribuintes brasileiros nas três esferas de poder federal, estadual e municipal, aponta que a arrecadação de impostos no Brasil vem em um crescendo, com as marcas alcançadas com antecedência cada vez maior em relação aos anos anteriores.
Em 2011, a marca de R$ 800 bilhões de impostos arrecadados será atingida com 31 dias de antecedência em relação ao ano passado, no dia 22 de julho. Em 2010, esta marca foi registrada no dia 22 de agosto. Em 2009, no dia 8 de outubro e, em 2008, no dia 7 de outubro.
Segundo o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a previsão do Instituto é de que a arrecadação em 2011 chegue a R$1,4 trilhão, cerca de R$ 200 bilhões a mais do que no ano passado. “Em tudo o que fazemos, desde o momento em que acordamos, estamos pagando impostos. O sistema tributário brasileiro está excessivamente moldado para tributar o consumo. Nos países desenvolvidos, ocorre o inverso, tributa-se menos o consumo e mais a renda e o patrimônio”, afirma. ”A carga tributária nada mais é do que o preço que se paga pelo serviço público e se no Brasil paga-se muito, o contribuinte deve exigir um serviço de qualidade”. Segundo Amaral, se os governos são ineficientes nas áreas de saúde, educação e segurança pública, a alternativa é que haja uma melhora na qualidade do serviço ou a diminuição da carga tributária brasileira.
“Em todos os meses deste ano a arrecadação de impostos do governo federal bateu recordes, e os dados do semestre divulgados pela Receita Federal mostram crescimento real de 12,7%, com um aumento de R$ 77,068 bilhões sobre 2010; é de se lamentar que um incremento tão expressivo da arrecadação fiscal não esteja sendo utilizado para a eliminação do déficit público ou para a realização de investimentos indispensáveis”, disse o presidente da ACSP, Rogério Amato.
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