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11 abril 2012

INTERMODAL 2012: Lufthansa Cargo registra aumento no faturamento para 2,9 bilhões de euros e lucro operacional de 249 milhões de euros


No ano passado, a Lufthansa Cargo obteve lucro operacional de 249 milhões de euros, o segundo melhor resultado da história da empresa. O presidente Karl Ulrich Garnadt apresentou em Frankfurt, na Alemanha, um resultado anual muito bom, obtido apesar das condições externas adversas. Para o ano em curso, a Lufthansa Cargo conta com dificuldades consideráveis, principalmente devido à proibição de voos noturnos estabelecida em Frankfurt. Mesmo assim, a empresa conta com um bom resultado operacional geral também neste ano.

Depois do lucro recorde em 2010, o ano de 2011 também começou de forma muito positiva. No decorrer do ano, porém, o desenvolvimento da demanda diminuiu sensivelmente. Principalmente nos grandes mercados de carga aérea China e Índia, as empresas aéreas tiveram que lutar contra a desaceleração da demanda. “A Lufthansa conseguiu alcançar um excelente resultado apesar das circunstâncias deste mercado exigente”, enfatizou o presidente Karl Ulrich Garnadt. A chave para esse sucesso foram a contenção de custos, o amplo leque de produtos e o controle de espaço flexível e norteado pela demanda.

No exercício passado, a Lufthansa Cargo transferiu cada vez mais espaço da Ásia para a América do Norte, além de introduzir destinos novos e atraentes na malha aérea. Graças a essas medidas, o faturamento e a tonelagem da Lufthansa Cargo aumentaram sensivelmente no ano passado. As receitas aumentaram 5,3%, chegando a 2,9 bilhões de euros. O lucro operacional de 249 milhões de euros foi o segundo melhor resultado da história da empresa.
O presidente Garnadt acentuou, ainda, que os investimentos em produtos novos e o enfoque na qualidade também contribuíram nitidamente para o sucesso da empresa. “Conseguimos mais uma vez melhorar sensivelmente o nível de qualidade no ano passado e batemos novos recordes em todas as áreas. Vamos continuar seguindo esse rumo e ampliar ainda mais nossa liderança em qualidade.” De acordo com Garnadt, investimentos como os feitos no novo Lufthansa Cargo Cool Center, construído no aeroporto de Frankfurt para remessas sensíveis à temperatura, são um ótimo exemplo para tanto.

O programa “Lufthansa Cargo 2020” definiu claramente a estratégia de longo prazo da empresa no ano passado, explicou o presidente. A encomenda de novos cargueiros Boeing 777, a renovação da TI, o planejamento da reforma do centro de logística em Frankfurt, de 30 anos de idade, além de outros projetos de longo prazo, definem os rumos principais para chegar ao ano de 2020 como líder da indústria do setor de carga aérea.

Mas o chefe da Lufthansa Cargo Karl Ulrich Garnadt também deixou claro que a indústria de carga aérea enfrentará grandes desafios nos próximos anos. O rumo isolado que a UE segue no comércio de emissões deverá prejudicar principalmente as empresas aéreas europeias e distorcer a competitividade. Outras barreiras que ameaçam o crescimento seriam a harmonização ainda insuficiente dos padrões globais de segurança da indústria da carga aérea assim como a demora na certificação dos renomados remetentes de carga aérea na Alemanha.

O maior desafio da Lufthansa Cargo, porém, continua sendo a possivelmente duradoura proibição de voos noturnos no aeroporto de Frankfurt. “O perigo de Frankfurt perder sua posição de melhor e mais atraente centro de distribuição europeu é real”, afirma Garnadt. A proibição absoluta de voos noturnos de seis horas por dia representa uma grave desvantagem perante as concorrentes para as empresas sediadas em Frankfurt, que dependem do serviço de remessas expressas de carga aérea durante 24 horas por dia. No caso da perpetuação da proibição de voos noturnos, só a Lufthansa Cargo terá um prejuízo de 40 milhões de euros por ano devido à perda de remessas expressas importantes.

“A Alemanha e a região de Rhein-Main vivem da exportação e do comércio internacional”, enfatizou Garnadt. “Desacoplar o sétimo maior aeroporto do mundo e importante ponto de baldeação de carga expressa das correntes internacionais de mercadorias significa prejudicar massivamente as empresas produtivas assim como todo o setor de logística. Os prejudicados são as empresas sediadas em Frankfurt e milhares de empregados.”

Peter Gerber, diretor financeiro e de pessoal da Lufthansa Cargo, também deixou claro que só empresas financeiramente saudáveis têm como investir em novas tecnologias como, por exemplo, aviões mais silenciosos. “Para tanto, é necessário dispor das condições externas que permitam às empresas fazer planejamentos de longo prazo e de forma confiável.” A Lufthansa Cargo fez seu próprio dever de casa e não se deixou embalar pelo sucesso. O programa de melhora de resultados SCORE, utilizado em todo o grupo Lufthansa, também contribuiu decisivamente para melhorar a posição de custos da empresa. “Nosso objetivo é obter resultados no mínimo 70 milhões de euros melhores por ano a partir de 2015”, anunciou Gerber. Isso criaria as condições necessárias à realização dos ambiciosos planos para o futuro da Lufthansa Cargo.

Nos primeiros meses do ano em curso também foi possível encontrar no grupo de logística chinês UniTop um parceiro para a reestruturação da joint venture Jade Cargo International. Atualmente, a Lufthansa Cargo participa com 25% na empresa de carga aérea chinesa.

O diretor Peter Gerber anunciou em Frankfurt que pretende manter o foco na área de negócios principal durante o ano em curso. No ano passado, a Lufthansa Cargo se desfez, entre outras, das participações na prestadora de serviços de tecnologia Traxon Europe e na LifeConEx, especialista em logística de refrigeração.

Para o exercício de 2011, a Lufthansa Cargo conta com bom desenvolvimento dos negócios dentro das exigentes condições de mercado na comparação anual e espera, mais uma vez, um resultado operacional na casa dos milhões de três dígitos. O resultado muito forte de 2011, porém, provavelmente não será repetido.

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