No próximo dia 8 de dezembro, sábado, as empresas
de táxi aéreo de todo o território nacional estarão reunidas no Aeroporto Campo
de Marte (Hangar Helimarte), em São Paulo, para discutir futuro do segmento no país. O encontro está
sendo organizado pela ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos) e vai
colocar em pauta as elevadas taxas aeroportuárias, a concorrência desleal com o
transporte aéreo pirata, a exigência de treinamento da tripulação em
simuladores e os atuais tempo de resposta da ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil) para os pedidos de pilotos e empresas protocolados. São esperados pelo
menos 50 empresários e o encontro começa às 9h e vai até as 17h.
Mesmo com a crise econômica mundial, percebe-se
que nos outros países o táxi aéreo vive um momento especial. No Brasil, apesar
de uma economia mais robusta e dos inúmeros problemas de mobilidade, o cenário
é bem menos otimista para o segmento.
Muitos empresários do setor reclamam do aumento abusivo de taxas nos
aeroportos e das exigências inviáveis para pequenos operadores. Segundo eles, a
tanto a legislação quanto as taxações são voltadas para linhas aéreas, deixando
o serviço de táxi aéreo sufocado.
Com as atuais demissões em massa de pilotos pelas
linhas aéreas, os táxis aéreos, que normalmente absorveriam tais mãos-de-obra,
não poderam contratar devido ao impacto econômico das medidas tomadas pelas
autoridades aeronáuticas. “Ao contrário, temos visto muitas empresas de táxis
aéreos sendo fechadas ou com seus certificados suspensos devido aos altos
encargos e requerimentos. O colapso da aviação brasileira está sendo sinalizado
pelos movimentos do mercado”, disse o Comandante Milton Arantes, presidente da
ABTaer.
Além de todas estas questões, o Encontro Nacional
das Empresas de Táxi Aéreo vai debater também a exigência de treinamento da
tripulação em simuladores, o que muitas vezes só pode ser feito no exterior.
“Sem contar que vivemos no segmento uma
concorrência desleal, por um lado uma forte exigência das autoridades sobre as
empresas regularizadas, de outro o transporte clandestino”, lembra o
Comandante. Segundo ele, na da Fórmula 1, no último fim de semana em São Paulo,
por exemplo, 90% dos helicópteros eram “piratas”, ou seja, não autorizados para
serviço remunerado.
Saiba
mais sobre a ABTaer
A ABTAer é
uma organização não governamental, de âmbito nacional, sem fins lucrativos,
composta atualmente por quarenta membros associados, representando 16 Estados.
A entidade nasceu há dois anos da iniciativa dos empresários do setor, que
buscam a solução para os problemas que atingem esse segmento. O objetivo da
ABTaer é interagir com os Órgãos Reguladores da Aviação Civil e apoio político,
visando mitigar os problemas e dificuldades que atingem a categoria. Mais
informações sobre a ABTaer em www.abtaer.com.br
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