Expectativa é que a usina atinja a marca de 94,68
milhões de MWh entre 16h e 17h. Diretores e empregados da usina acompanharão o
recorde em telões instalados na binacional.
No ano em que o
setor elétrico se ressente dos efeitos de uma estiagem que atingiu boa parte do
País, a Itaipu Binacional atinge o maior nível de produção de sua história e
reafirma sua importância estratégica para manter o Brasil e o Paraguai na rota
do crescimento econômico.
Nesta terça-feira (18),
13 dias antes de fechar 2012, a usina deve estabelecer novo recorde anual de
geração de energia, que pertence à própria hidrelétrica. A marca está prevista
para ser superada entre 16 horas e 18 horas (horário de Brasília).
O recorde anterior
havia sido atingido em 2008, quando a usina gerou 94.684.781 de megawatts-hora
(MWh). Agora, a usina caminha para fechar o ano com uma produção acima de 97
milhões de MWh.
Comparações
Os 94,6 milhões de
MWh produzidos por Itaipu já neste ano seriam suficientes para atender o
consumo do mundo inteiro por dois dias; da América Latina (exceto o Brasil) por
80 dias; do Brasil por 81 dias; da Argentina por dez meses; e do Paraguai por
oito anos e oito meses.
Em território
nacional, essa produção atenderia o consumo do Estado de São Paulo por nove
meses; do Paraná por três anos e sete meses; e da cidade do Rio de Janeiro por
seis anos e quatro meses.
Números excepcionais
O diretor-geral
brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, atribui os números excepcionais deste ano a
uma soma favorável de fatores.
Entre eles, cita o
desempenho da própria usina, a cooperação entre as áreas internas e um trabalho
de coordenação com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a Eletrobras, Ande
(estatal paraguaia) e as demais empresas do setor elétrico dos dois países.
Sustentação
Para que o Brasil e
o Paraguai mantenham essa trajetória de crescimento econômico consistente,
apresentada na última década, ter energia disponível é fundamental, diz o
diretor.
“Itaipu contribui
produzindo energia limpa e renovável, a partir da hidreletricidade, que é a
nossa matriz energética, e seguirá buscando os melhores resultados
operacionais”.
Disputada acirrada
Em 2012, a Itaipu
trava uma disputa acirrada com a usina de Três Gargantas, na China, pelo
recorde mundial de geração anual. No ano passado, a chinesa produziu 78,2
milhões de MWh ante 92,2 milhões de MWh da binacional.
Com 32 unidades
geradoras de 700 MW cada uma, Três Gargantas tem uma potência instalada de 22,4
mil MW. Itaipu tem 20 unidades geradoras e uma potência instalada de 14 mil MW.
Três Gargantas
começou a operar em plena carga em 2012 e, neste ano, superou a geração da
binacional em alguns momentos. Mas só no final de dezembro será possível
afirmar qual das duas será a líder mundial de geração de energia em 2012.
Solenidade
A quebra do recorde
será marcada por uma solenidade prevista para ter início no começo da tarde
desta terça-feira. Diretores e empregados da usina acompanharão o recorde em
telões montados no Edifício de Carga e Descarga, na margem direita.
Variáveis importantes e o fator humano
Para o
superintendente de Operação de Itaipu, Celso Villar Torino, “o ano de 2012 tem
sido favorável para a Itaipu. As equipes da Técnica, Operação, Manutenção,
Obras e Engenharia souberam aproveitar da melhor forma possível a principal
matéria-prima de Itaipu, que é a água”.
Afluência e demanda
Apesar da estiagem
em parte do País, o regime de chuvas na Bacia do Rio Paraná, ao longo do ano,
foi bem comportado, com afluência média de 11.250 metros cúbicos por segundo.
Foi a quinta melhor afluência dos últimos 13 anos.
Os equipamentos
responderam bem e o índice de disponibilidade chegou a 93,5%. A capacidade de
transmissão da energia elétrica produzida por Itaipu também foi favorável,
incluindo investimentos em novas linhas e transformadores.
Entre eles,
destacam-se a entrada em operação do transformador T5/R5 na subestação da
margem direita de Itaipu, melhorando a capacidade de escoamento de energia para
o Paraguai; e a nova linha da Copel, Foz do Iguaçu-Cascavel, de 500 kV, que
elevou a capacidade de transmissão para o Brasil.
Em relação à demanda, o crescimento do consumo de
energia do Brasil foi de 4%. No Paraguai, chegou a 7%.
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