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10 maio 2013

Projeto comprador na feira APAS gera US$ 47 milhões em negócios


As rodadas de negócios organizadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) durante a APAS 2013 - 29º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados - devem resultar em exportações da ordem de US$ 47 milhões, entre negócios fechados durante o evento e nos próximos doze meses. As rodadas tiveram a participação de 50 empresas brasileiras e 60 de compradores de 22 países, que realizaram 362 reuniões para a negociação de produtos dos setores de biscoitos, chocolates, balas, confeitos e frutas e café, entre outros. Os compradores estrangeiros também participaram de visitas técnicas a supermercados brasileiros e de palestras com especialistas do setor varejista.

 A quinta participação da Apex-Brasil na APAS, maior feira do setor varejista na América Latina foi conduzida em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (ANIB) e Instituto Brasileiro de Frutas (IBRAF), durante os dias 6, 7 e 8 de maio, em São Paulo.  

"O nível de otimismo do varejo mundial em relação ao Brasil está alto e o país tem sido visto não apenas como fornecedor de produtos tradicionais, mas como um parceiro para o lançamento de novos produtos que agreguem inovação ao negócio das redes de supermercados", analisa o coordenador de Imagem e Acesso a Mercados da Apex-Brasil, Vinicius Estrela. "O produto brasileiro tem apelo de novidade, de diferenciação do negócio e o Brasil hoje é tendência nas gôndolas de vários países", complementa.

Negócios
A rodada contou com a presença de compradores de países das Américas Latina, Central e do Norte, da África e do Oriente Médio. Três importantes redes de varejo norte-americanas estiveram presentes e negociaram uma série de produtos.  Maxine Campbell, representante da Big Lots - cadeia varejista com mais de 1400 lojas nos Estados Unidos - anunciou que pretende comprar US$ 30 milhões em produtos brasileiros como café, chocolate, biscoito e massas nos próximos anos. A Kroger, quarta maior rede varejista do mundo com 2400 lojas nos Estados Unidos, veio ao Brasil em busca de fornecedores de café, chocolates, biscoitos, castanhas e massas. "Estamos em busca de produtos novos, com diferenciais que atendem nichos de consumo e acho que o Brasil tem isso a oferecer, com produtos de boa qualidade", disse o diretor da empresa, Marcio DaCosta, "certamente fecharemos alguns pedidos nos próximos meses".

Já a rede H-E-B, com 340 lojas no Texas, enviou sete compradores, especialistas em segmentos diversos.  A companhia já compra produtos brasileiros como café, vinhos, biscoitos, peixes, feijão, chocolates, pão-de-queijo, água de coco, queijos, porcelanas e sandálias para sua linha de lojas Central Market, do segmento premium. "Alguns desses produtos foram muito bem aceitos pelos nossos consumidores e viemos à feira para estabelecer melhor relação com empresas brasileiras que possam se tornar nossos fornecedores", disse o diretor de Negócios do segmento de Beleza da H-E-B, Greg Douglas. "Nossos consumidores estão buscando coisas diferentes e queremos produtos com essa característica, queremos testar novas comidas, cosméticos, entre outros e o Brasil tem potencial para isso", disse Balo Elizondo, gerente do segmento de Alimentos.

Já o diretor da Tzanetatos, do Panamá, Norlando Arosemena, esteve na rodada de negócios com foco em produtos lácteos, principalmente queijos. "Já compramos dos EUA e Nova Zelândia, mas estamos selecionando um fornecedor brasileiro para equilibrarmos mais a sazonalidade dos preços", disse, "nossa intenção é comprar 500 toneladas por ano do Brasil".

Carlos Salazar Martinez, diretor comercial da distribuidora chilena de alimentos Punto Sur, negociou produtos diversificados como queijos, frangos e carnes, snacks, amendoins, leite condensado, pão de queijo, massas prontas congeladas, temperos, bolos e panetones. A empresa tem entre seus clientes hotéis, restaurantes e o governo do Chile. "Queremos trabalhar com produtos diferenciados e únicos e buscamos também um fornecedor de carnes processadas, para abastecer o programa de alimentação escolar do governo chileno, que consome 75 toneladas mensais de frango, carne em cubos, almondegas e carne moída", disse.

Para as empresas brasileiras, o s resultados foram animadores. Luiz Fernando Mion, gerente de Comércio Exterior da Vapza, que comercializa vegetais e carnes cozidos a vapor e embalados a vácuo, espera fechar negócios com pelo menos uma das redes norte-americanas presentes na rodada e também pode avançar na negociação com compradores do Chile, México, Angola e República Dominicana. A empresa já exporta para Estados Unidos, Angola, Panamá e Hong Kong e está participando das ações da Apex-Brasil na loja Le Bon Marché na França e na Central Market nos Estados Unidos; "Estamos muito otimistas com os dois eventos e, principalmente, com as rodadas de negócios que otimizam nossos custos ao permitir o contato com compradores de vários países no mesmo local, potencializando nossas oportunidades de negócios com diversos mercados", avalia Mion.

Já a Bauducco comemorou a abertura de um novo mercado durante a rodada na APAS. "No ano passado, fizemos a primeira venda para a Antígua-Barbuda e este ano, abrimos o mercado da Jamaica", informou o gerente da empresa Fabiano Lombardi. Segundo ele, até o final do ano deverão ser exportados US$ 70 mil em produtos de toda a linha da empresa, que inclui torradas, wafers, panetones e biscoitos. "Foi uma venda significativa para o tamanho do mercado e viabilizada pela rodada de negócios aqui em São Paulo, que evitou o nosso deslocamento à Jamaica e ainda trouxe a pessoa certa para negociar conosco", completou.

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