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14 maio 2013

Virada Cultural pode virar lei


O vereador Andrea Matarazzo apresentou, dia 28 de março projeto na Câmara Municipal de São Paulo transformando a Virada Cultural em lei. Realizado desde 2005, o evento já entrou para o calendário da cidade. Com a lei, caso seja aprovada, ficará garantida a realização anual da Virada pela Prefeitura de São Paulo, independentemente de gestão.
Só no ano passado, cerca de quatro milhões de pessoas participaram das mais de 1.200 atrações espalhadas por 250 locais, segundo a SPTuris. O projeto de lei estabelece as obrigações da prefeitura em prover a infraestrutura necessária, como segurança, limpeza, postos médicos, banheiros químicos, fiscalização etc., e cria uma Curadoria para preparar a festa três meses antes, com foco na escolha das atrações.
Além disso, estende a possibilidade a eventos menores, as “Viradinhas”, promovidas pelas subprefeituras, que seriam selecionadas ou não para a Virada anual, o que aumentaria o número de atividades artísticas em áreas periféricas.
Dessa forma, a Virada seria definitivamente consagrada como política pública da cidade de São Paulo. “A Virada é a cara de São Paulo, expressão máxima de uma de suas maiores vocações: valorizar o talento da produção artística, reafirmando a cidade como referência cultural e artística do Brasil”, afirma Matarazzo, que entende que a cultura é uma das melhores ferramentas de inclusão e desenvolvimento para os jovens. “Se a educação forma, a cultura transforma”, costuma dizer o vereador, que foi secretário de Estado da Cultura e implantou as primeiras Fábricas de Cultura em São Paulo.
Números da Virada - A Virada Cultural traz para São Paulo shows de artistas consagrados no País inteiro, e é um importante ponto de atração turística e fomento à economia local. Os benefícios extrapolam a esfera cultural.
Há grande presença de visitantes de outras cidades e estados: em 2012, cerca de 10% vieram principalmente de cidades do interior, além de outros estados, como Minas Gerais, Bahia e Goiás.
De acordo com a SPTuris, 50% desses visitantes se hospedaram em hotéis, albergues, pensões e flats, consumiram em bares, restaurantes, lanchonetes e utilizaram ônibus e metrô. O gasto médio de cada participante foi de R$ 50,32 no ano passado. O sucesso do evento reflete-se também no retorno de mais de 50% do público que já esteve presente em edições anteriores.
Além disso, a Virada movimenta e leva benefícios a diversas áreas da economia paulistana, como comércio e prestação de serviços na área de produção, técnica, artística e logística. Hoje, o evento é copiado em outras cidades do interior e de capitais como o Rio de Janeiro, que promove anualmente o Viradão Cultural Carioca.

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