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20 junho 2013

Aeroporto de Congonhas Tem Redes Sem Fio Altamente Vulneráveis

(Outra varredura surpresa, realizada no Aeroporto de Guarulhos, flagrou tentativa de invasão)


A AirTight Networks, uma das fabricantes líderes mundiais em soluções de segurança para redes móveis, vem realizando varreduras periódicas em aeroportos e locais públicos para demonstrar os níveis de risco cibernético desses locais. Ao final de maio último, a empresa executou uma varredura desse tipo no ambiente do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Com o uso de um equipamento WIPS (Wireless Intrusion Prevention System)", em cerca de uma hora, os técnicos da AirTight identificaram a existência no ambiente de 240 access points, sendo 86 deles abertos, sem a exigência de senhas para acesso à internet. Destes, seis pontos de acesso receberam classificação máxima na escala de riscos de segurança detectados pela ferramenta.

Na avaliação de Paulo Henrique, consultor técnico da Airtight, mesmo sem empregar nenhuma técnica avançada, a varredura apontou os pontos de acesso que não se encaixam em critérios específicos de segurança pré-definidos pela própria ferramenta usada na busca. "Os pontos de acesso foram separados e classificados de acordo com a escala de riscos, que segue um padrão de 01 a 05 para estabelecer o grau de vulnerabilidade", explica.

Além dos 86 access points que não estavam protegidos por nenhum tipo de senha, foram localizados dez pontos  com apenas senhas do tipo 'WEP', consideradas fracas. Enquanto isto, três dispositivos encontrados na rede realizavam operações impróprias, com a falsificação de identidades de usuários de rede móvel (SSIDs).

Em outra análise idêntica, realizada em meados de maio, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, entre 10:00h e 11:00hs, a Airtight constatou existência de 470 clientes conectados às 77 redes moveis, em operação naquele período, e identificou que 41 desses pontos estavam vulneráveis. Nessa mesma varredura foi constatada ainda uma tentativa de ataque a uma das redes, utilizando uma ferramenta de clonagem.

De acordo com Fernando Neves, diretor da Airtight, o número de redes desprotegidas, em locais de muito movimento, coloca em risco, principalmente, a segurança dos próprios usuários e as empresas onde eles trabalham. "O aumento do uso de dispositivos portáteis, tais como iPad, tablets e smartphones, e o acesso a informações corporativas utilizando pontos de acesso públicos, funcionam como verdadeira porta de entrada para que os criminosos roubem informações valiosas e, com isso, possam levar adiante diversos tipos de ataques."

Segundo o executivo, não há como um usuário comum saber se a rede pela qual está acessando a internet é falsa ou foi invadida. Na maioria das vezes, isso só é descoberto depois que o ataque já ocorreu, mas algumas medidas simples podem ser tomadas para evitar cair nesse tipo de golpe, como não acessar informações pessoais utilizando pontos de acesso gratuitos e, principalmente, não acessar a rede corporativa a partir de um ponto wi-fi público.

Já para as empresas, a Airtight recomenda o uso de tecnologia específica para realizar a segurança de redes WiFi de acesso público. Sua solução SpectraGuard identifica e audita os usuários que se conectam às redes móveis, estabelecendo vigilância sobre o comportamento de acesso e autenticação das identidades, de modo a prevenir e impedir ataques de falsificação de identidade. De acordo com Fernando Neves, a não adoção de proteções desse tipo em ambientes de WiFi público chega a representar ameaça à ordem pública, já que pessoas com acesso a aplicações de missão crítica podem servir de biombo para ocultar o acesso invasor. 

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