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30 agosto 2013

Confiança do consumidor paulistano cai 2,7% em agosto

Expectativas futuras dos consumidores têm declínio de 2,9%, ajudando a puxar queda da confiança

Os paulistanos estão menos confiantes em relação ao consumo. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) de agosto caiu 2,7% em relação a julho. Na escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), atingiu 133, enquanto a pesquisa anterior mediu 136,7. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 14,9% - agosto de 2012 registrou 156,3 pontos.

Os dois quesitos que compõem o ICC também tiveram baixas nas suas avaliações. O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) teve queda de 2,4% (chega a 133,1 sendo que em julho alcançou 136,4). Já o Índice de Expectativa ao Consumidor (IEC) caiu 2,9% - passou de 136,9 (em julho) para 133 pontos (em agosto).

De acordo com a FecomercioSP, as quedas mês a mês do ICC mostram que o consumidor paulistano está  cauteloso e apreensivo quanto às turbulências socioeconômicas atuais. A falta de confiança se justifica pela perda de poder aquisitivo da população, motivada pelo aumento dos preços ao consumidor.

Analisando o perfil dos consumidores que compõe os quesitos do ICC, o segmento que mais contribuiu para evolução negativa do ICEA foi aquele composto por pessoas com idade superior a 35 anos. Esse grupo, que registrou declínio de 6,2% em relação ao mês passado, caiu de 130,2 para 122,1 pontos. Já a confiança dos consumidores de faixas etárias menores teve leve queda (0,3%), passando de 140,2 para 139,9 pontos.

O IEC registrou estabilidade nas expectativas do público masculino para o futuro, com os mesmos 137 pontos de julho. O otimismo do público feminino, no entanto, caiu 6,1%. Atingiu 128,2 pontos contra os 136,5 de julho.

Nota metodológica
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. São coletados os dados de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimentos das empresas. 

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 90, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa estrangeira à realidade brasileira. Atualmente, o índice da federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -,gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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