Expectativas
futuras dos consumidores têm declínio de 2,9%, ajudando a puxar queda da
confiança
Os
paulistanos estão menos confiantes em relação ao consumo. O Índice de Confiança
do Consumidor (ICC), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) de agosto caiu 2,7% em relação a
julho. Na escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo
total), atingiu 133, enquanto a pesquisa anterior mediu 136,7. Em comparação
com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 14,9% - agosto de 2012
registrou 156,3 pontos.
Os dois quesitos que compõem o ICC
também tiveram baixas nas suas avaliações. O Índice de Condições Econômicas
Atuais (ICEA) teve queda de 2,4% (chega a 133,1 sendo que em julho alcançou
136,4). Já o Índice de Expectativa ao Consumidor (IEC) caiu 2,9% - passou de
136,9 (em julho) para 133 pontos (em agosto).
De acordo com a FecomercioSP, as
quedas mês a mês do ICC mostram que o consumidor paulistano está cauteloso
e apreensivo quanto às turbulências socioeconômicas atuais. A falta de
confiança se justifica pela perda de poder aquisitivo da população, motivada
pelo aumento dos preços ao consumidor.
Analisando o perfil dos consumidores
que compõe os quesitos do ICC, o segmento que mais contribuiu para evolução
negativa do ICEA foi aquele composto por pessoas com idade superior a 35 anos.
Esse grupo, que registrou declínio de 6,2% em relação ao mês passado, caiu de
130,2 para 122,1 pontos. Já a confiança dos consumidores de faixas etárias
menores teve leve queda (0,3%), passando de 140,2 para 139,9 pontos.
O IEC registrou estabilidade nas
expectativas do público masculino para o futuro, com os mesmos 137 pontos de
julho. O otimismo do público feminino, no entanto, caiu 6,1%. Atingiu 128,2
pontos contra os 136,5 de julho.
Nota
metodológica
O Índice de Confiança do Consumidor
(ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. São coletados os
dados de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é
identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições
econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados são segmentados por nível
de renda, sexo e idade. O ICC varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo
total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das
Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor
(IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento
e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de
investimentos das empresas.
A metodologia do ICC foi
desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que
surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 90, a equipe
econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa estrangeira à
realidade brasileira. Atualmente, o índice da federação é usado como referência
nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom),
responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre
com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
Sobre a
FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade
sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por
administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia
que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e
congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca
de 4% do PIB brasileiro -,gerando em torno de cinco milhões de empregos.
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