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19 setembro 2013

Em evento de petróleo e gás, ABIMAQ defende incentivos aos fornecedores nacionais

A obrigatoriedade da exigência de Conteúdo Local (CL) na exploração e produção de petróleo e gás no Brasil ainda não gerou resultados esperados no segmento industrial de máquinas e equipamentos. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) avalia que o resultado social da política de exigência de CL, com a respectiva geração de emprego, também não se confirmou. 
A saída seria a exigência de conteúdo local em toda a cadeia produtiva e nos demais segmentos da economia. A prática deveria ser estendida às compras governamentais, às compras para áreas onde existam concessões, às compras com financiamentos de órgãos oficiais e onde haja  benefícios fiscais. 
O cenário foi traçado pelo diretor executivo de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia e Petroquímica da ABIMAQ, Alberto Machado Neto, em palestra na edição 2013 do “Paulínia Petróleo & Gás”. O evento ocorreu nos dias 21 e 22 de agosto, em Paulínia (SP), com o objetivo de fomentar a cadeia de Petróleo e Gás do país.
A ABIMAQ, por meio de sua Sede Regional de Piracicaba, apoiou o evento, organizado pela Fiesp. 
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que 4.300 certificados de conteúdo local são concedidos trimestralmente. Marcelo Mafra, coordenador da ANP, considera a ABIMAQ parceira no processo de incentivo aos fornecedores nacionais.
“A motivação atual da prática de conteúdo local seria gerar emprego e renda. No entanto, os atores das concessões não estão usando o potencial da indústria nacional”, disse Machado Neto. A carteira média de pedidos do setor abrange seis meses de atividades.. “Precisamos ampliar a obrigatoriedade para toda a cadeia produtiva de petróleo e demais áreas da economia”, defendeu Machado Neto.
A ABIMAQ sugere ainda a criação de documentos vinculantes para a exigência de conteúdo local em outras áreas além da exploração e produção de petróleo. Acrescentou que a prática atual, apesar de representar um avanço, segue a ótica financeira das operações, enquanto que o chamado “conteúdo local social”, que representa a real geração de emprego, não pesa na decisão. Ainda faltam investimentos em tecnologia, que trariam sustentabilidade ao setor e tornariam a indústria brasileira de máquinas referência mundial. 

“Temos a oportunidade de gerar emprego e renda além do petróleo, desenvolvendo novos bens de capital e conquistando mercados”, declarou Machado Neto. 

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