Com a retração dos preços em outubro, o indicador se mantém abaixo
dos índices inflacionários. No ano, o índice CEAGESP apresenta elevação de
0,54% e, nos últimos 12 meses, 1,35%.
Em outubro, o Índice de preços CEAGESP
recuou 1,18%. O setor de diversos, influenciado pela queda de
preços da batata, ovos e, principalmente, da cebola, contribuiu para a redução
do indicador. Todos os setores, porém, apresentam boa qualidade e ótimas opções
de compra para os consumidores.
“Esta
é uma época muito favorável à produção. As altas registradas no 1º trimestre
foram revertidas e o índice CEAGESP registra números inferiores aos indicadores
que medem a inflação no país. Um claro sinal que os preços dos alimentos in
natura ajudarão a manter os índices do setor equilibrados”, destaca
Flávio Godas, economista da CEAGESP.
O
setor de frutas apresentou retração de 0,42%. As
principais quedas foram mamão papaya (-45,3%), manga Tommy (-25,1%), Goiaba
(-18,8%), limão Taiti (-13,5%) e mamão formosa (-11,9%). Principais altas:
laranja lima (20,4%), carambola (20,3%), maracujá doce (17,8%), morango
(12,8%).
O
setor de legumes registrou elevação de 1,27%. As principais
altas ocorreram no tomate (30,6%), chuchu (24,4%), mandioca (19%) e
mandioquinha (17,1%). Registraram queda o pimentão vermelho (-47%), a cenoura
(-26,3%), o pepino japonês (-23,6%), e o jiló (-15,4%).
Já
o setor de verduras caiu 3,81%. As principais quedas do setor
foram beterraba com folhas (-17,6%), cebolinha (-15,9%), alface
americana (-12,9%), repolho (11,9%), espinafre (-10,3%). As principais altas
foram rabanete (33,1%), brócolis (15,1%) e rúcula (19,3%).
No
setor de diversos a redução foi de 12,24%. Principais baixas:
cebola do estado SP (-54,9%), bata comum (-7,2%), batata lisa (6,8%), ovos
branco (6,4%). Não houve elevações no setor.
Por
fim, o setor de pescados registrou queda de 1,85%.
As principais baixas foram do atum (-13,3%), tainha (7,2%), pescada (-5,4%),
curimbatá (3,8%). Os principais aumentos foram da abrotea (12,8%), espada
(10,8%), polvo (6,6%) e anchovas (6,3%).
Tendência:
Legumes,
verduras e diversos deverão permanecer com preços bastante satisfatórios ao
consumo. Somente com a entrada do verão e as conseqüentes altas temperaturas e
chuvas frequentes nas regiões produtoras é que este quadro deverá se modificar.
As
frutas, mesmo com o maior volume ofertado em novembro e dezembro, deverão
sofrer majorações em razão da maior procura, principalmente nas semanas que
antecedem as festas de Natal e Ano Novo.
A
exemplo das frutas, os pescados também deverão apresentar preços maiores,
principalmente em dezembro. Além do maior volume de chuvas, a época de defeso
de algumas espécies, quando a pesca é proibida, tendem a acarretar diminuição
no volume de produção/extração.
Índice CEAGESP
Com
o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice CEAGESP
passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora
contabiliza 150 itens.
Pera,
atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã,
moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces,
agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram
entradas regulares durante todos os meses de 2011.
Primeiro
balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um
indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras,
Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos
pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua
representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência
nacional em abastecimento.
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