Especialista diz que tratamentos de fertilização assistida socorrem pacientes nessa situação com elevada taxa de sucesso
Um em cada cinco casais enfrenta dificuldade para engravidar. Quando a mulher tem mais de 35 anos, essa proporção é alterada para um em cada três. Aos 45 anos, 90% das mulheres não conseguem mais ter filhos naturalmente. Esse tipo de problema vem se tornando cada vez mais comum. Em parte, mudanças de comportamento socioeconômico – como adiar a gravidez para depois de se atingir alguma estabilidade profissional – têm contribuído bastante para elevar esses índices. Em contrapartida, mais e mais casais têm buscado ajuda especializada para ter filhos.
Na opinião de Edson Borges Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e sócio-fundador do Grupo Fertility, uma série de mudanças de estilo de vida, hábitos alimentares e fatores ambientais têm levado muitos casais a contar com ajuda especializada para concretizar seus planos de formar uma família. “Por se tratar de um problema intrínseco às questões do século 21, a ciência está bastante empenhada em desenvolver tecnologias avançadas e profissionais bem preparados para atender esse tipo de demanda. Há que se dizer que, hoje em dia, as taxas de sucesso estão muito mais elevadas do que há dez anos, por exemplo”.
O especialista pondera que, mesmo que as chances de gestação natural sejam baixas a partir dos 40 anos, os tratamentos de fertilização assistida são uma opção interessante. “Em 2013, alcançamos uma taxa de gestação de 40% para pacientes nessa faixa etária e de quase 45% para mulheres entre 31 e 35 anos. São taxas consideradas altas. Obviamente, ao adiar a maternidade os casais se expõem a esse tipo de risco. Por isso, o mais indicado quando um casal decide adiar a gravidez por alguns anos seria buscar aconselhamento com especialistas em Medicina Reprodutiva, haja vista a possibilidade de preservar a fertilidade tanto da mulher quanto do homem através de técnicas específicas”.
Borges diz que a criopreservação de espermatozoides já é um método bastante difundido entre os homens, principalmente daqueles que vão se submeter a tratamentos contra o câncer. Já com relação à preservação da fertilidade feminina, o médico afirma que algumas possibilidades devem ser bem avaliadas, como o congelamento de óvulos e embriões. “Seja qual for a razão por que se está considerando métodos de preservação da fertilidade, é importante que a paciente tenha até 37 anos. O nascimento de bebês saudáveis depois desse tipo de técnica abre novas possibilidades para casais que precisam ou desejam adiar a chegada de um filho”.
Fonte: Dr. Edson Borges Junior, especialista em Medicina Reprodutiva, doutor em Urologia pela Unifesp (2005), doutor em Ginecologia pela Unesp (2007), sócio-fundador do Fertility Medical Group e diretor científico do Instituto Sapientiae.
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