No último final de semana, movimentos sociais e pessoas que defendem a criação do Parque realizaram o evento Verão No Parque Augusta, que levou a população a desfrutar da área verde.
No último final de semana, movimentos sociais e pessoas que defendem a criação do Parque Augusta realizaram uma série de atividades culturais, políticas e esportivas para convidar a população a desfrutar da área verde. A iniciativa foi chamada de Verão no Parque Augusta e teve como objetivo reivindicar a liberação do terreno para a passagem pública. “Atividades como essas, têm todo o nosso apoio. Além de proporcionar diversão, promovem a conscientização sobre o direito à cidade e à necessidade que temos de preservar áreas verdes públicas nessa selva de pedra que é São Paulo”, afirmou o vereador Toninho Vespoli (PSOL) que esteve no evento no último domingo, 18/1. Apoiadores da criação do Parque permanecem acampados na área, em vígilia, e pessoas que passam pela em frente, ao verem os portões abertos, têm entrado e usado o espaço para lazer.
O Parque Augusta
O terreno reivindicado para a criação do Parque Augusta possui 24.750 m² de área, está situado no entroncamento das ruas Caio Prado, Augusta e Marquês de Paranaguá, na região central de São Paulo, e é dividido em três lotes – cada um com matrícula própria. Em um deles, ocupando cerca de 40% do local, há um bosque – última área verde preservada na região central da cidade – tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) e com vegetação remanescente da Mata Atlântica; são mais de 800 árvores catalogadas e registradas, com grande variedade de aves residentes do bosque e migratórias. Além disso, muros do terreno e uma construção remanescente do antigo Colégio Des Oiseaux também foram tombados. A área restante é parcialmente cimentada, conta com poucas árvores e até o fim de dezembro de 2013 funcionava nela um estacionamento.
Além do tombamento, que assegura a área de não sofrer intervenções sem autorização da prefeitura e do Conpresp, na escritura do terreno consta uma cláusula pétrea com a obrigatoriedade de se manter aberta ao passeio público uma passagem que ligue o bosque à rua, passando pelo lote do estacionamento. Porém, esta passagem se encontra arbitrariamente fechada pelas construtoras Setin e Cyrela, que reivindicam a propriedade sobre o local e querem construir um ambicioso projeto imobiliário no local. Existe uma ação que pede a reabertura dos portões desde agosto de 2014 e ainda não foi julgada. Embora a criação do parque tenha sido assinada há mais de um ano pelo prefeito Fernando Haddad, o cenário atual ainda é de disputa.
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