Mau resultado na receita total de vendas foi puxado principalmente pela queda de 25,2% nas vendas das concessionárias de veículos
São Paulo, 23 de fevereiro de 2015 - O comércio varejista da cidade de São Paulo registrou receita real de vendas de R$ 14,3 bilhões em novembro de 2014, valor 7,9% menor do que o registrado no mesmo mês de 2013. Essa queda pressionou negativamente o índice estadual em 2,4 pontos.
A capital paulista, ao lado da região do ABCD, voltou a mostrar em novembro o pior desempenho mensal nas vendas varejistas entre todas as regiões do Estado de São Paulo. Com esses resultados, a taxa negativa acumulada no ano subiu de 5% para 5,3% no período de janeiro a novembro de 2014.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
Dos dez segmentos analisados, seis apresentaram recuo nas vendas no mês. Das atividades que tiveram retração, quatro registraram quedas de dois dígitos. Foram elas: concessionárias de veículos (-25,2%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-20,2%); autopeças e acessórios (-12,2%); e lojas de móveis e decoração (-11,3%). Somados, esses quatro segmentos registraram queda de R$ 1,3 bilhão em comparação ao faturamento observado em novembro do ano passado.
Já as quatro atividades que conseguiram obter taxas de crescimento foram lideradas pelas farmácias e perfumarias (6,5%), seguidas por lojas de departamentos (5%); lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (4,1%); e outras atividades (4,2%), em que predomina o varejo de combustíveis.
A FecomercioSP destaca o fraco desempenho mensal dos supermercados (-1,7%) na capital paulista, que, assim como ocorrido no Estado, não conseguiram evitar em novembro sua quarta queda consecutiva nas vendas reais, embora tenha mantido uma taxa acumulada positiva de vendas no ano, com aumento de 1% em seu faturamento real.
Na análise da assessoria econômica da Entidade, a nova queda nas vendas no segundo mês do trimestre relativamente mais importante do ano, na cidade de São Paulo, impôs mais uma revisão nas estimativas para o fechamento do resultado anual.
Considerando o acumulado nos onze meses, o comércio varejista paulistano pode registrar uma taxa de queda anual ao redor de 6%, praticamente o dobro da tendência de retração no âmbito estadual, para o qual os índices paulistanos exercem grande participação. As projeções apontam ainda para uma forte retração no resultado de dezembro, que pode girar ao redor de 8%.
Desempenho estadual
O faturamento do comércio varejista paulista caiu 2,9% em novembro no comparativo anual, para R$ 47,2 bilhões. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, a receita do setor cresceu 0,5% - reflexo da sazonalidade das vendas no último bimestre. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
O faturamento do comércio varejista paulista caiu 2,9% em novembro no comparativo anual, para R$ 47,2 bilhões. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, a receita do setor cresceu 0,5% - reflexo da sazonalidade das vendas no último bimestre. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
Com a baixa anual, o índice de queda acumulado em 2014 manteve-se em 2,6%.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado de novembro reforça estimativas mais pessimistas para o desempenho de 2014 em relação a 2013, apontando para uma retração de até 3% no faturamento varejista do Estado no ano.
Entre os fatores que pressionaram a receita do comércio paulista está o mau momento do consumo, decorrente da deterioração de renda, emprego e crédito. Além disso, a inflação ainda em patamar desconfortável e com trajetória de aceleração contribuiu para esse cenário. A Federação estima que, diante desses elementos, é improvável uma retomada do crescimento das vendas varejistas no médio prazo, podendo 2015 ser marcado por um quadro de consumo ainda mais restritivo se comparado a 2014.
Pela segunda vez consecutiva no último trimestre, entre as dez atividades pesquisadas, sete registraram queda nas vendas. As baixas mais expressivas, no comparativo anual, foram verificadas em lojas de móveis e decoração (-17,2%); concessionárias de veículos (-16%); e lojas de materiais de construção (-10,5%). Juntos, os três setores pressionaram negativamente o resultado do comércio em 3,6 pontos porcentuais. Destaque também para a queda de 4,8% na receita das lojas de vestuário, tecidos e calçados. As vendas nos supermercados voltaram a cair em novembro (-2%) após movimento positivo em outubro, indicando trajetória instável para o fim do ano.
Por outro lado, as contribuições positivas vieram das lojas de departamentos (9%), que tiveram o primeiro destaque favorável no ano, com a maior alta do setor em termos de crescimento, puxada, principalmente, pelas vendas da Black Friday. Também apresentaram avanço os faturamentos das farmácias e perfumarias (5,8%) e de outras atividades (5,7%).
No desempenho por região, apenas três das 16 localidades pesquisadas registraram avanço nos faturamentos, na base anual: Osasco (11,8%), Sorocaba (2,1%) e Araraquara (0,4%). As outras 13 apresentaram quedas de vendas, sendo as maiores retrações na região do ABCD e da capital paulista, ambas com 7,9% em comparação a novembro do ano anterior.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 155 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera cerca de cinco milhões de empregos.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 155 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera cerca de cinco milhões de empregos.
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