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17 janeiro 2017

Toxina botulínica também corrige sorriso gengival

Um sorriso bonito tem tanto poder em determinadas situações, que não se pode abrir mão desse recurso importante nos relacionamentos pessoais e profissionais. Mas, que critérios são usados para classificar um sorriso? De acordo com o cirurgião-dentista José Peixoto Ferrão Junior, que vai dar uma aula sobre o tema no dia 3/2, das 16h30 às 18h, durante o 35º CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, o sorriso é resultado de um equilíbrio entre a exposição dos dentes e da gengiva durante a contração dos músculos em torno da boca. Sendo assim, importa avaliar não só a cor, forma e a posição dos dentes, como também a quantidade de gengiva aparente e sua coloração.

“As gengivas podem comprometer bastante o sorriso. Quando olhamos diretamente para alguém, a simetria dos lados direito e esquerdo do rosto torna a fisionomia mais harmônica. Também a gengiva desempenha um papel fundamental nessa composição. Sua cor deve combinar com o tom da pele e a porção da gengiva que fica aparente num sorriso espontâneo faz toda a diferença no resultado final”, diz Ferrão Junior. O que nem todo mundo sabe é que é possível corrigir esse aparente excesso de gengiva – tecido mole que protege os dentes ao prover sustentação.

De acordo com o especialista, o sorriso deve mostrar todo o esmalte dos dentes, mas não suas raízes. Também deve ter todo um cuidado em relação a pontos de inflamação ou sangramento, bem como garantir que as papilas (porção de gengiva que preenche o espaço entre os dentes) estejam bem preservadas. Quando há um excesso de gengiva num sorriso, temos o conhecido ‘sorriso gengival’. “Assim que o diagnóstico de sorriso gengival é feito, devemos avaliar a modalidade de tratamento que melhor se adapta ao paciente. Uma técnica minimamente invasiva muito usada hoje em dia é o uso da toxina botulínica tipo A. Ao impedir a contração dos músculos, ela impede que a gengiva se evidencie sempre que o paciente sorrir. Trata-se de uma excelente alternativa ao tratamento cirúrgico”, diz Ferrão Junior.
                                                                                        
O cirurgião-dentista explica que os efeitos da toxina botulínica são temporários, podendo durar entre três e seis meses, dependendo da resposta do paciente. Entretanto, a reaplicação não deve acontecer antes dos seis meses. “Depois desse período, ocorre um retorno da função neuromuscular. Portanto, o tratamento com toxina botulínica não pode ser considerado curativo, mas uma abordagem paliativa para a gestão do problema. Por outro lado, outra grande vantagem dessa técnica é o fato de ser totalmente reversível. Com isso, a aplicação da toxina botulínica tipo A nos consultórios odontológicos tem sido cada vez mais usada, tanto na correção do sorriso gengival, quanto em casos de desordens temporomandibulares, assimetrias faciais, hipertrofia massetérica, espasmo hemifacial, dor miofascial, bruxismo etc.”.

Quando o paciente opta por uma intervenção definitiva, cirúrgica, se submetendo a uma gengivoplastia, é possível mudar desde a cor dos tecidos gengivais até a posição dos lábios. Em casos extremos, pode ser necessário remover tecido ósseo para se reposicionar a gengiva de forma adequada. Trata-se de um recurso invasivo e demanda tempo de recuperação do paciente. As cirurgias plásticas gengivais são utilizadas para mudar a cor de gengivas muito escuras, aumentar a faixa de tecido gengival, cobrir raízes dentárias expostas, diminuir a discrepância que acontece no sorriso gengival etc. As aplicações são várias, podendo ser restritas a um único dente ou abranger todo o sorriso. Diante disso, cabe ao paciente e seu cirurgião-dentista escolher a abordagem de tratamento mais adequada caso a caso.

Fonte: Dr. José Peixoto Ferrão Junior, cirurgião-dentista, palestrante do
35º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, que acontece entre 1º e 4/2/2017 no Expo Center Norte. www.blogdociosp.com // www.ciosp.com.br//

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