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26 novembro 2025

Salão do Automóvel 2025: o futuro chegou – e ele é elétrico, conectado e mais competitivo do que nunca

Após sete anos de pausa, o Salão do Automóvel de São Paulo voltou em 2025 com uma força que surpreendeu até os mais otimistas. Em um Pavilhão do Anhembi completamente renovado e tomado por luzes, telas enormes e tecnologia por todos os lados, a nova edição do evento reafirma o que já se desenhava no mercado: a mobilidade do futuro é elétrica, digital, eficiente e cada vez mais acessível.

Mais de vinte marcas – entre gigantes tradicionais e um exército de novas montadoras asiáticas – transformaram o salão em um verdadeiro laboratório de tendências, onde carros conceito dividem espaço com modelos que chegam às ruas já em 2026. Pela primeira vez, o público também pôde testar vários desses lançamentos na pista indoor Drive Experience, equipada com trechos de aceleração, slalom e frenagem, permitindo comparar desempenho em condições reais.

A era da eletrificação: o grande eixo do Salão 2025

Se em 2018 a eletrificação parecia distante, em 2025 ela domina praticamente todos os estandes. Quase todas as montadoras apresentaram pelo menos um modelo elétrico ou híbrido – muitos deles com foco direto no mercado brasileiro.

Entre os destaques, o Honda Prelude Híbrido chamou atenção pelo retorno de um nome clássico em um formato moderno, combinando estilo esportivo com um conjunto híbrido eficiente. Já a Jeep apresentou o Avenger, um SUV compacto híbrido-leve que promete ser porta de entrada para quem deseja migrar para tecnologias mais modernas sem abandonar o uso cotidiano.

As marcas chinesas continuaram ditando o ritmo. Modelos como hatchbacks elétricos, SUVs compactos e utilitários eletrificados chegaram com preços agressivos e equipamentos generosos. O público notou: em cada corredor, os estandes das asiáticas concentravam grande parte da movimentação e curiosidade.

A força das novas marcas: o salão mais plural da história

Outro fenômeno marcante desta edição é a pluralidade. Além das montadoras tradicionais, o evento reuniu uma grande quantidade de marcas chinesas e asiáticas, que desembarcam no País trazendo portfólio robusto e tecnologia avançada.

A presença em peso dessas fabricantes reforça um novo capítulo do setor automobilístico brasileiro: mais competição, mais variedade e mais disputa por preço e qualidade. Isso abre caminho para condições de compra mais vantajosas, bônus de fábrica e pacotes tecnológicos antes restritos a modelos premium.

Algumas dessas marcas também exibiram veículos-conceito de design agressivo e soluções futuristas como cockpit digital ampliado, sistemas avançados de condução semiautônoma e integração total com smartphones.

Conectividade, segurança e inteligência a bordo

Além da eletrificação, a conectividade foi um dos grandes temas do salão. Painéis totalmente digitais, sistemas multimídia com inteligência artificial integrada e assistentes virtuais avançados dominam os lançamentos.

Os veículos agora são verdadeiras extensões do smartphone: é possível pré-condicionar o ar-condicionado pelo celular, localizar o carro à distância, atualizar o software online ou até receber diagnósticos inteligentes.

Os sistemas de segurança também evoluíram. Frenagem automática, detecção de pedestres, piloto automático adaptativo e câmeras 360° são agora itens comuns até em modelos intermediários, sinalizando uma mudança clara no padrão brasileiro.

Testes reais: a pista Drive Experience

Uma das grandes novidades do Salão 2025 foi a inédita pista indoor Drive Experience, que permitiu ao público experimentar aceleração, estabilidade, frenagem e dirigibilidade de diferentes modelos – elétricos, híbridos e até esportivos.

A experiência reforça a mudança de comportamento do consumidor, que hoje deseja sentir o carro antes da compra, comparando desempenho, suavidade e nível de tecnologia de maneira prática.

Oportunidades de compra: quem ganha com tudo isso?

Para quem está planejando trocar de carro nos próximos meses, o Salão 2025 traz sinais animadores. A chegada maciça de novas marcas, somada ao avanço da eletrificação, está pressionando o mercado e forçando preços mais competitivos.

As melhores oportunidades incluem:

SUVs compactos híbridos – equilíbrio perfeito entre economia e versatilidade.

Carros elétricos de entrada – mais baratos, com autonomia crescente e manutenção reduzida.

Modelos “tecnológicos” de montadoras asiáticas – equipamentos superiores pelo mesmo preço de concorrentes tradicionais.

Híbridos-flex nacionais – solução prática para quem quer economia imediata sem depender de infraestrutura domiciliar.

Modelos 2025 em fim de estoque – descontos expressivos devido à chegada dos modelos eletrificados 2026.


Além disso, muitas montadoras prometem condições comerciais especiais pós-salão, como bônus na troca, taxas reduzidas ou pacotes de manutenção incluídos.

Clássicos, nostalgia e raridades

O evento ainda reservou espaço para os apaixonados por história automotiva. Um corredor inteiro dedicado a clássicos nacionais e esportivos raros atraiu olhares de colecionadores e fãs. Carros das décadas de 60 a 90 foram exibidos impecavelmente restaurados, lembrando ao público que a paixão por motores vai muito além da tecnologia – ela também vive na memória.

Conclusão: o Salão 2025 indica um Brasil mais moderno, conectado e elétrico

A nova edição do Salão do Automóvel mostrou que o futuro da mobilidade no Brasil deixou de ser promessa e virou realidade. Com eletrificação em alta, conectividade crescente e mais marcas disputando espaço, o consumidor sai como o grande vencedor.

Seja para quem busca inovação, economia ou simplesmente o prazer de dirigir, 2025 é um ano marcante – um divisor de águas entre a geração tradicional e a nova era dos carros inteligentes.

E para quem pensa em comprar, o momento é ideal: nunca houve tanta variedade, tanta tecnologia e tanta competitividade no mercado brasileiro.

22 novembro 2025

Novo Cap. I, Parte I, ano 2025 Novembro

Saudades… é pouco para descrever o que sinto. É como se cada pedaço do meu dia ficasse incompleto sem você. A falta que você faz é tão grande que chega a ecoar dentro de mim, como um silêncio que fala alto, que aperta o peito e que insiste em me lembrar do quanto você é essencial na minha vida. Sinto falta das nossas conversas, de como a nossa voz se encaixava na outra, como se houvesse uma sintonia que só nós entendíamos. Sinto saudade do jeito que você me olhava, como se naquele momento o mundo inteiro deixasse de existir e só sobrasse nós dois.

Mas, acima de tudo… sinto falta do seu abraço. Do jeito que ele me envolvia, me aquecia, me acalmava. No seu abraço eu esquecia o resto, esquecia os problemas, esquecia as dores — e me lembrava de que eu tinha um lugar seguro no mundo. É impossível explicar como é forte a falta que você faz. Cada lembrança sua tem um espaço dentro de mim, e cada uma delas me leva de volta aos nossos beijos, aos momentos em que o tempo parecia parar só para que a gente pudesse sentir o que já era inevitável: esse amor que cresceu, se espalhou e tomou conta de tudo.

Eu queria falar com você agora, ouvir sua voz, sentir sua presença, dizer olhando nos seus olhos o quanto ainda te amo. Essa vontade de te ter por perto não passa, não diminui — pelo contrário, cresce a cada dia. Você se tornou parte da minha rotina, do meu sorriso, do meu jeito de sentir. E quando você não está, fica esse vazio… essa saudade que nunca descansa.

Te amo com uma intensidade que às vezes até assusta, mas é um amor bonito, sincero, cheio de verdade. Te amo no silêncio, te amo na saudade, te amo nas lembranças que guardo como se fossem tesouros. Te amo porque você me completa de um jeito que eu nunca pensei ser possível. Te amo porque você desperta em mim uma versão melhor, mais leve, mais viva. Te amo porque, mesmo distante, você continua sendo o meu melhor lugar.

Queria que você soubesse que meu coração continua aberto, esperando o momento em que nossas vidas se cruzem de novo, esperando o instante em que seu sorriso esteja tão perto que eu possa tocá-lo. Quero muito falar com você, te ouvir, te sentir, reconstruir tudo o que era nosso… e talvez construir ainda mais. Porque o que sinto por você não acabou, não diminuiu, não enfraqueceu — ele só se tornou mais profundo.

Se eu pudesse te dizer tudo num único gesto, te abraçaria forte, como quem reencontra o que nunca deveria ter perdido. Porque é isso que você é para mim: alguém que marcou, que ficou, que faz falta, que eu amo com toda força que existe aqui dentro.

Volta a falar comigo. Deixa eu sentir de novo a paz do seu abraço, o calor dos seus beijos e a verdade do seu carinho. Eu te amo muito — mais do que as palavras conseguem explicar, mais do que o tempo consegue apagar, mais do que a saudade consegue suportar.

E enquanto você não volta, sigo aqui… amando você, lembrando de nós e esperando o momento de te ter de novo. Sempre. Sempre você. Sempre nós dois. ❤️

20 novembro 2025

Dia da Consciência Negra: Reflexão, Luta e Identidade

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, não é apenas uma data no calendário nacional: é um marco de resistência, memória e valorização da cultura afro-brasileira. A escolha do dia homenageia Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da luta contra a escravidão. Seu legado ecoa até hoje, lembrando a força de um povo que, mesmo diante de séculos de injustiças, ergueu sua história com coragem.

A presença negra moldou de forma decisiva o Brasil. Do trabalho forçado que alicerçou a economia colonial às manifestações culturais que se tornaram identidade nacional, como o samba, a capoeira, o maracatu e o candomblé, a contribuição africana é inseparável da formação do país. Entretanto, reconhecer essa participação também exige encarar as feridas abertas pela escravidão e pelo racismo estrutural, que ainda afetam milhões de brasileiros.

O Dia da Consciência Negra propõe uma pausa para reflexão: Que Brasil queremos construir? Um país que acolha todas as cores e histórias ou um que ignore desigualdades profundas? A data convida cada cidadão a reconhecer privilégios, enfrentar preconceitos e entender que igualdade racial não é um ideal distante, mas uma responsabilidade coletiva.

Mais do que celebrar, o 20 de novembro é um chamado à ação. É o momento de valorizar iniciativas que promovam educação, oportunidades e representatividade. Escolas, empresas e instituições públicas têm papel fundamental em ampliar discussões sobre racismo, promover inclusão e dar visibilidade a vozes negras em espaços de liderança, arte, ciência e política.

A data também fortalece o orgulho e a identidade da população negra, destacando suas conquistas, histórias e talentos que, por muito tempo, foram invisibilizados. Mulheres e homens negros estão presentes em todos os setores da sociedade, reinventando narrativas e ocupando espaços antes negados. A valorização desses trajetos inspira novas gerações a acreditarem em seu potencial e reivindicarem seu lugar de direito.

Celebrar o Dia da Consciência Negra é reconhecer que a diversidade é a grande riqueza do Brasil. É compreender que a luta por respeito e igualdade é contínua e pertence a todos. Zumbi, Dandara, Luiz Gama, Carolina Maria de Jesus, Abdias Nascimento e tantos outros abriram caminhos; agora, cabe a nós mantê-los vivos, ampliá-los e seguir adiante.

No fim, o 20 de novembro nos lembra de uma verdade essencial: não existe futuro justo sem consciência. E a consciência só existe quando todos têm voz, valor e dignidade.

12 novembro 2025

Por que as pessoas inteligentes se irritam com facilidade e esquecem o que não consideram importante

A mente em alta rotação

Você já percebeu que algumas pessoas extremamente inteligentes parecem se irritar com facilidade ou demonstram impaciência com situações triviais? Essa característica, muitas vezes vista como “mal-humor” ou “falta de paciência”, na verdade pode ter explicações profundas ligadas ao funcionamento cerebral.

Estudos de neuropsicologia apontam que indivíduos com alto quociente intelectual (QI) ou grande capacidade cognitiva costumam ter uma mente em constante atividade. Eles processam informações em ritmo acelerado e criam conexões mentais complexas. Por isso, quando se deparam com situações lentas, repetitivas ou superficiais, é natural que sintam irritação.

Essa irritação não significa arrogância, e sim uma reação ao excesso de estímulos. O cérebro de uma pessoa muito inteligente busca constantemente desafios e aprendizado significativo. Quando esse estímulo não existe — como em conversas vazias, tarefas burocráticas ou discussões sem lógica — surge a sensação de frustração.

Além disso, essas pessoas tendem a ser mais sensíveis a ruídos, interrupções e comportamentos que julgam incoerentes. O mesmo cérebro que pensa rápido também sente com intensidade. Isso explica por que muitas vezes um simples contratempo pode gerar um desconforto desproporcional — o sistema nervoso está mais “ligado” do que o da maioria.

O cérebro seletivo: o dom de esquecer o que não importa

Outro traço comum em pessoas inteligentes é a memória seletiva. Pode parecer contraditório, mas quanto maior o nível de inteligência, mais o cérebro tende a “descartar” informações que considera irrelevantes.

A neurociência mostra que o esquecimento não é falha, mas uma estratégia do cérebro para otimizar energia e espaço mental. Em outras palavras, quem é muito inteligente não guarda tudo — guarda apenas o que acredita poder ser útil algum dia. Essa filtragem constante é um dos segredos da produtividade mental.

O cérebro inteligente funciona como um excelente curador de conteúdo: ele arquiva o essencial e deleta o descartável. Isso explica por que essas pessoas às vezes esquecem coisas simples, como onde deixaram as chaves, mas lembram detalhes profundos de uma teoria lida anos atrás.

Essa “memória seletiva” é também um mecanismo de proteção. Manter a mente livre de excesso de dados irrelevantes permite foco em ideias, projetos e soluções criativas.

Em resumo, o que muitos interpretam como irritabilidade ou distração é, na verdade, o reflexo de um cérebro altamente ativo, seletivo e em busca constante de sentido. Pessoas inteligentes não se irritam por capricho — se irritam porque percebem o mundo de forma mais intensa. E não esquecem por descuido — esquecem porque seu cérebro sabe que nem tudo merece espaço na memória.


Conclusão:
Pessoas inteligentes vivem com a mente em movimento, sempre procurando novos desafios e significados. Se irritam fácil, sim — mas porque não se contentam com pouco. Esquecem rápido — mas só o que não importa. No fundo, esse é o preço de ter um pensamento que nunca descansa.

07 novembro 2025

COP30 e o efeito colateral: lojistas aproveitam para inflacionar preços

À medida que a COP30 — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — se aproxima, a cidade-sede e as regiões ao redor se preparam para receber milhares de visitantes, líderes mundiais, jornalistas e investidores. O evento, que coloca o Brasil no centro das discussões ambientais globais, também movimenta a economia local. Porém, junto ao entusiasmo e às oportunidades, surge uma crítica que tem ganhado força: muitos lojistas estariam inflacionando os preços de seus produtos para aproveitar o aumento da demanda.

Oportunidade ou exploração?

Com a chegada da COP30, hotéis, restaurantes, transportes e comércios em geral viram uma chance de lucro rápido. O problema é que, em alguns casos, essa oportunidade virou abuso. Produtos básicos, como garrafas de água, refeições e até lembranças turísticas, tiveram reajustes de até 100% nas últimas semanas, segundo denúncias de consumidores locais.

“Antes da conferência, eu comprava o mesmo prato feito por R$ 25. Agora, está R$ 45. Parece que tudo subiu do nada”, comenta Juliana Mendes, moradora da capital onde o evento será realizado. Ela não é a única a perceber a alta repentina. Comerciantes alegam que o aumento é reflexo da maior procura e dos custos extras de operação, mas muitos consumidores enxergam outra realidade: ganância disfarçada de oportunidade.

A corrida pelo lucro

De fato, eventos internacionais como a COP30 trazem uma injeção de dinheiro para a economia local. Hotéis lotam, o turismo cresce e os estabelecimentos registram movimento recorde. No entanto, especialistas alertam que a inflação artificial pode gerar um efeito reverso. “Quando o comerciante eleva os preços além do razoável, ele pode ter ganhos imediatos, mas compromete sua reputação e afasta o consumidor no longo prazo”, explica o economista Rogério Brites, da Universidade Federal do Pará.

Essa prática é comum em grandes eventos — basta lembrar das Olimpíadas ou da Copa do Mundo —, mas volta a ser tema de debate. O que deveria ser uma vitrine para o país pode acabar se tornando uma vitrine da especulação.

Fiscalização e reação dos consumidores

Órgãos de defesa do consumidor já estão de olho. O Procon estadual iniciou uma série de fiscalizações em hotéis, restaurantes e supermercados para identificar abusos. Segundo nota divulgada, multas podem chegar a R$ 10 mil por infração, dependendo da gravidade e da reincidência.

Nas redes sociais, a população também se mobiliza. Grupos locais incentivam boicotes a estabelecimentos que aumentaram preços de forma abusiva e divulgam listas de locais que mantiveram valores justos. “É uma forma de apoiar quem pensa no coletivo e não apenas no próprio bolso”, afirma André Souza, criador de uma dessas iniciativas.

Sustentabilidade além do discurso

A COP30 traz consigo o discurso da sustentabilidade — não apenas ambiental, mas também econômica e social. Nesse contexto, é contraditório que parte do comércio local aproveite o evento para explorar consumidores e visitantes. “Sustentabilidade é equilíbrio. Não faz sentido discutir o futuro do planeta se a prática imediata é de exploração”, comenta Marina Albuquerque, socióloga e ativista ambiental.

A conferência representa uma chance histórica para o Brasil mostrar que é possível crescer com responsabilidade. E isso começa em atitudes simples, como preços justos, transparência e respeito ao consumidor.

Conclusão: entre o verde e o cifrão

Enquanto o mundo volta os olhos para a COP30 e suas metas climáticas, o comércio local enfrenta um teste silencioso: o de provar que é capaz de prosperar sem abusar. O evento é uma oportunidade de ouro, mas o verdadeiro lucro virá não apenas das vendas, e sim da imagem que o país deixará — a de um lugar que recebe bem, sem explorar.

Afinal, de que adianta falar em salvar o planeta se, na prática, a ganância ainda fala mais alto que a consciência?

O Mistério da Mulher de Branco

 Era uma manhã comum de terça-feira. O relógio marcava 6h30, e o céu ainda exibia aquele tom alaranjado que antecede o nascer do sol. A rua estava silenciosa, exceto pelo som distante dos motores e o canto dos pássaros que despertavam junto com a cidade. Eu seguia meu caminho habitual até a parada de ônibus, quando algo — ou melhor, alguém — chamou minha atenção.

Logo à frente, uma mulher caminhava apressada. Usava uma roupa branca, simples, mas que se destacava no contraste com o cinza da rua ainda molhada pelo sereno da madrugada. Seu passo era firme, mas havia algo estranho em seu jeito... algo que eu não saberia explicar.

A distância entre nós era pequena, e por alguns segundos pensei em apressar o passo para ultrapassá-la, mas algo me segurou. Foi então que o meu celular tocou. O som do toque quebrou o silêncio daquela manhã. Tirei o aparelho do bolso e olhei a tela: um número desconhecido. Por impulso, atendi.

— Alô? — disse, tentando disfarçar o susto.

Do outro lado, apenas estática. Nenhuma voz, nenhum ruído claro, apenas um som abafado, como se alguém respirasse do outro lado da linha. Olhei novamente para frente... e foi aí que o sangue gelou.

A mulher de branco não estava mais lá.

Olhei para os lados, procurei nas esquinas, nos portões, até mesmo nas janelas das casas. Nada. Simplesmente havia desaparecido. Em poucos segundos. Não havia tempo hábil para ela dobrar uma esquina ou entrar em alguma residência. Era como se tivesse se desfeito no ar.

O coração acelerou. Tentei racionalizar — talvez ela tivesse corrido, talvez eu não tivesse percebido. Mas o silêncio da rua parecia zombar das minhas tentativas de explicação. Ainda com o celular na mão, percebi que a ligação continuava ativa. Levei o aparelho ao ouvido novamente.

Dessa vez, uma voz sussurrou:

— Não olhe para trás.

O arrepio percorreu cada centímetro do meu corpo. Instintivamente, congelei. O medo travou meus músculos, e o tempo pareceu parar. Eu podia ouvir meu próprio coração batendo como um tambor dentro do peito.

Contra todo o bom senso, virei-me devagar.

Atrás de mim, a rua estava vazia. Nenhum sinal de movimento. Nenhum som. Apenas uma neblina fina que começava a se formar. Engoli em seco e comecei a caminhar rápido, tentando afastar aquele desconforto. Quando finalmente cheguei à parada de ônibus, sentei-me no banco e respirei fundo.

Foi então que vi algo que me fez duvidar da própria sanidade.

Sobre o chão, bem ao lado do ponto, havia uma fita branca de tecido, úmida, suja de terra — idêntica à da barra do vestido que eu vira minutos antes.

Peguei o celular novamente. O número da chamada continuava registrado na tela, mas quando tentei retornar, o sistema exibiu uma mensagem impossível: “Número inexistente.”

Desde aquele dia, não passo mais por aquela rua. Alguns dizem que, nas primeiras horas da manhã, ainda é possível ver uma mulher de branco caminhando apressada, sempre em direção à parada de ônibus. Outros juram que ela desaparece quando alguém tenta se aproximar.

Ninguém sabe quem ela foi, mas contam que há muitos anos uma jovem morreu atropelada naquele mesmo trecho — a caminho do trabalho, vestida de branco.

E, todas as manhãs, às 6h30, ela ainda está tentando chegar lá.

Fim.

04 novembro 2025

“Começar do Zero”

Meu amor,

Hoje, ao escrever estas palavras, sinto o coração apertado de saudade. Sinto falta de tudo em você — do seu cheiro, do seu abraço que me fazia esquecer o mundo, do toque dos seus lábios nos meus, que pareciam parar o tempo. Sinto falta até das nossas brigas, das suas implicâncias, do jeito como você me xingava quando eu fazia alguma besteira, mas no fundo, eu sabia: era amor transbordando de preocupação.

Desde que você se foi, tudo perdeu um pouco do brilho. As manhãs não têm mais graça, as noites parecem mais longas, e até os lugares que eu costumava gostar ficaram vazios. É como se o mundo tivesse perdido a cor, e eu andasse por ele em preto e branco, esperando um novo amanhecer que só chega quando penso em nós.

Tenho lembrado de cada detalhe — das risadas que dávamos por coisas bobas, dos planos que fazíamos sem medo, das promessas que o tempo, cruelmente, interrompeu. E a verdade é que, por mais que eu tente seguir em frente, há algo em mim que insiste em ficar preso ao que vivemos. Porque o que tivemos não foi qualquer coisa… foi amor verdadeiro.

Se eu pudesse, voltaria ao início de tudo. Corrigiria meus erros, ouviria mais, falaria menos, e, acima de tudo, cuidaria mais de você. Talvez o destino tenha nos afastado para que eu aprendesse o valor que você realmente tem na minha vida. E hoje, com o coração aberto, te digo: quero recomeçar. Quero reconquistar seu sorriso, sua confiança, e principalmente, o seu amor.

Quero começar do zero, como se fosse a primeira vez — sem cobranças, sem mágoas, só com a vontade imensa de fazer dar certo. Quero te olhar nos olhos e sentir de novo aquela chama que nunca se apagou. Quero te provar, com atitudes, que dessa vez será diferente.

Você foi e continua sendo parte de mim. Mesmo longe, está presente em cada pensamento, em cada música, em cada lembrança boa. E é por isso que te escrevo — porque não consigo mais guardar dentro de mim essa saudade que grita, essa vontade de te ter de novo.

Se me der uma nova chance, prometo que não deixarei escapar. Vou te amar com calma, com verdade e com o coração inteiro. Prometo ser refúgio, ser abrigo, ser paz — e também ser riso, companheiro e cúmplice de todos os seus sonhos.

Que essa carta chegue até você com o mesmo sentimento que a escreveu: o mais puro, sincero e arrependido amor.
E se ao terminar de ler, o seu coração bater mais forte, talvez seja o destino dizendo que ainda existe um “nós” esperando para recomeçar.

Com amor, saudade e esperança,...