Em dezembro, Comércio deve movimentar R$ 33,86 bilhões em São Paulo
Cada família paulista deve gastar, em dezembro, R$ 519 a mais do que nos outros meses do ano. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que credita ao Natal e às festas de fim de ano o impulso de R$ 6,76 bilhões no Comércio paulista.
Se analisado somente das famílias da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o gasto de cada família em relação aos demais meses do ano deve subir ainda mais, atingindo R$ 679.
O resultado será um Natal ainda melhor do que o de 2010. Em dezembro, o Comércio paulista deve movimentar R$ 33,86 bilhões, resultado que é R$ 3,01 bilhões superior ao do ano anterior. Segundo a Assessoria Técnica da FecomercioSP, grande parte deste montante, R$15,87 bilhões, se refere ao que será movimentado somente na Região Metropolitana.
Assim, o Comércio do Estado de São Paulo deve fechar o ano com faturamento de R$ 331,96 bilhões, o que representa 28,76% do faturamento nacional do setor. Um crescimento real de 4% em relação a 2010, quando o Comércio paulista registrou faturamento de R$ 299,06 bilhões.
Entenda
A Assessoria Técnica da FecomercioSP explica que, apesar de, no início do ano, haver um consenso no mercado de que 2011 não conseguiria manter o ritmo de
crescimento vivenciado em 2010, o consumo das famílias foi mantido, em grande parte, graças à confiança que o consumidor deposita sobre a economia nacional.
O que é comprovado pelo Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também aferido pela FecomercioSP, que permaneceu acima de 150 pontos –O ICC é medido em uma escala que varia de 0 a 200 pontos e denota otimismo quando acima dos 100 – ao longo de todo o ano.
Assim, apesar de a taxa média de juros para pessoas físicas ter subido cinco pontos porcentuais até setembro de 2011, o nível de concessões de empréstimos aumentou, em termos reais, mais de 4% no mesmo período. Ou seja, a despeito das ações restritivas do Banco Central (BC), os consumidores conservaram sua intenção de compra.
Os pontos mais importantes para a manutenção do consumo, entretanto, foram a manutenção dos níveis de emprego e renda, além do menor nível histórico de desocupação no País, chegando a somente 5,8%, e o concomitante
incremento de 5,7% na massa real de rendimentos da família, possibilitaram o crescimento do consumo sem o aumento da inadimplência.
Ao contrário, o que se viu na capital paulista foi uma redução tanto no nível de endividamento, que, em novembro, foi de 41% das famílias, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da FecomercioSP, quanto dos níveis de famílias com contas em atraso e inadimplentes, que, no mesmo mês, ficaram em 8% e 3,3%, respectivamente. Os menores níveis desde que a pesquisa foi iniciada, em fevereiro de 2004.
Desempenho nacional Outra boa notícia é que o resultado positivo não fica restrito a São Paulo. O Comércio deve fechar o ano com faturamento de R$ 1,15 trilhão, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Os gastos das famílias em dezembro devem somar R$ 122,39 bilhões, ou R$ 28,5 bilhões a mais do que na média dos outros meses. O que condiz com a entrada adicional
de recursos que será gerada pelo pagamento do 13° salário.
A FecomercioSP, estima que aproximadamente R$ 83 bilhões serão aportados no mercado devido ao pagamento de 13° em novembro e dezembro.
Deste montante, 1/3 (cerca de R$ 28 bilhões) deve ser destinado para o pagamento de dívidas, outro terço se destina às férias e aos compromissos do começo de ano, como matrículas de escola, e a última parte deverá ser utilizada para o consumo.
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