Entidade acredita que Produto Interno Bruto feche 2011 com, no máximo, 3% de crescimento
A estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano não surpreendeu a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e está em linha com as expectativas da entidade, resultado dos ajustes de contenção de consumo promovidos pelo governo federal no final do ano passado e início de 2011. Naturalmente, como havia alertado antes, a FecomercioSP reitera que as ações para diminuição de demanda eram desnecessárias, como confirmam, neste momento, os resultados do PIB.
Para a FecomercioSP, a situação foi agravada pelo fato de as economias desenvolvidas terem entrado em um ciclo intenso de deterioração econômica, em especial na Europa, o que impactou fortemente a atividade global. Como o Brasil hoje tem um grau de abertura ainda pequeno e seu mercado interno é relevante para a produção nacional, os efeitos domésticos foram menores, mas estão presentes. Tanto que o governo adotou uma postura exatamente oposta neste final de ano e lançou um pacote de estímulo ao consumo, promovendo melhores condições de financiamento e de redução de tributos.
“A projeção da FecomercioSP tem se mostrado acertada desde o início do ano, quando previu crescimento de 3,5%, com reajuste para 3% ao final do primeiro semestre, projeção que perdura até o momento”, explica Abram Szajman, presidente da FecomercioSP. A expectativa da entidade empresarial é de que as medidas de estímulo adotadas nestes últimos dias venham a surtir efeito, com maior intensidade, em 2012, gerando maior atividade do mercado doméstico.
Por outro lado, a FecomercioSP projeta que as dificuldades no cenário externo ainda persistirão no próximo ano, principalmente na Europa. Para os Estados Unidos, a FecomercioSP aguarda por sinais mais claros de recuperação, mas não a ponto de reverter o quadro global já em 2012. “Essa nossa posição de crescimento modesto em 2011, porém maior do que a média global, é muito importante para manter a nossa taxa de desemprego baixa e elevar a atratividade de investimentos que ainda renderão bons resultados”, complementa Szajman.
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