A produção de motociclos deve atingir 2.08 milhões de unidades em 2011, registrando crescimento de 14%, ante 1.830 milhões de unidades produzidas em 2010.
Prestes a bater um novo recorde em produção e vendas no mercado interno, o setor fabricante de motociclos – responsável por mais de 140 mil empregos diretos e indiretos - está se preparando para fechar o ano de 2011 com produção de 2.080 milhões de unidades. Esse volume representará um crescimento de 14% sobre o resultado do ano passado quando o setor fabricou 1.830 milhões de unidades.
Mesmo com a crise financeira internacional, o resultado conquistado até o momento está dentro das metas estabelecidas pelo setor no final do ano passado. “Esperávamos crescimento tanto de produção quanto das vendas no mercado interno e isso se concretizou neste ano”, afirma Paulo Takeuchi, vice-presidente do Simefre - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.
Segundo ele, do total a ser fabricado de janeiro a dezembro de 2011, cerca de 2.020 milhões de unidades deverão ser comercializadas no mercado doméstico e 60 mil exportadas. As vendas internas crescerão 11% sobre 1.818 milhão de unidades vendidas em 2010 e as exportações, diante da desvalorização cambial deverão registrar queda da ordem de 13% ante as 69.2 mil unidades de 2010.
No entender do vice-presidente do SIMEFRE, o crescimento das vendas continua sendo o reflexo da absorção da cultura da motocicleta como meio de transporte eficiente nos grandes centros urbanos e nas áreas rurais em muitos Estados brasileiros. Isso por ser um meio de transporte ágil e eficiente, facilitando os trajetos para o trabalho, escola, lazer e também sendo utilizado para uso profissional. “Além disso, tem um baixo custo de aquisição e manutenção e é um meio de transporte econômico no consumo de combustível. Baixo custo e economia fazem do produto uma ótima opção também nas cidades menores e na zona rural”, complementa.
De acordo com Takeuchi, o veículo de duas rodas é comprovadamente um transporte de muita praticidade, econômico, barato e “o verdadeiro veículo popular”. Trata-se da opção ideal para enfrentar o trânsito das metrópoles e também para um deslocamento fácil nas cidades menores e na zona rural. Porém, é indispensável haver conscientização por parte dos motociclistas, motoristas, ciclistas e pedestres sobre a necessidade de haver convivência pacífica no trânsito e atitude responsável. Para ele, a não convivência pacífica no trânsito e os acidentes decorrentes desse comportamento são fatores negativos que devem ser combatidos por toda a sociedade, através da consciência na busca da harmonia no trânsito.
Takeuchi conta que os fabricantes têm investidos grandes cifras em produtos moderno, dotados de alta tecnologia, para atender as necessidades dos consumidores e, principalmente, oferecer veículos com preços mais competitivos. “Podemos afirmar que, para o setor se tornar competitivo é necessário agregar cada vez mais itens nacionais na cadeia produtiva”, reforça.
Entre os cinco maiores produtores mundiais de motocicletas, com mais de 2 milhões de unidades fabricadas anualmente, o setor de duas rodas brasileiro têm visto os consumidores das classes C e D, principais clientes da modalidade, sofrerem os reflexos da instabilidade da economia mundial, pois são os que mais dependem da liberação de financiamentos, que nesse período tiveram seus processos de aprovação mais rigorosos e suas condições praticamente inacessíveis.
Perspectivas para 2012 – Os fabricantes de motociclos estão prevendo dificuldades no setor, por conta da crise econômica mundial, principalmente a questão da Europa. Em contrapartida, o ano eleitoral deverá ajudar o setor, pois, o movimento tende a ser muito forte em anos de eleições. “Em função das incertezas econômicas, será um ano de difícil crescimento, más se tivermos a cautela e ousadia nas doses corretas, poderemos ter uma ano bastante positivo”, finaliza Takeuchi.
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