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24 novembro 2012

90% dos helicópteros usados para traslados para o Autódromo de Interlagos neste fim de semana são ilegais; a denúncia é da ABTaer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos)


Mais de 90% dos helicópteros que estão sendo usados para o transporte de passageiros para o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para a corrida de Fórmula 1, são irregulares e configuram o que a ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos) chama de: transporte aéreo clandestino. São aeronaves particulares usadas para transportar passageiros de maneira ilegal, oferecendo risco para o passageiro e para a cidade como um todo.

“Basta conferir e vai comprovar que a maioria das aeronaves usadas no traslado para Interlagos é particular e sem autorização para transporte remunerado de passageiros”, disse o presidente da entidade, Comandante Milton Arantes. A ABTAer vai inclusive formalizar denúncia junto à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o fato seja investigado e os envolvidos sejam punidos.

Segundo o presidente, com a elevada demanda provocada pela corrida de Fórmula 1, proprietários de aeronaves particulares, não homologadas para esse fim, utilizam seus helicópteros ou colocam à disposição de terceiros que querem ganhar dinheiro com o evento. “Quem escolhe voar em um helicóptero de transporte aéreo clandestino não sabe em que aeronave está voando, que tipo de manutenção tem sido feita, não conhece o piloto, pois normalmente são freelancers, não sabe se quer se ele é habilitado para voar naquele tipo de aeronave e nem que hábitos de vida possui”, afirma o comandante. Muitas vezes os passageiros não sabem que este tipo de irregularidade existe e, consequentemente, desconhecem o risco.

Aeronaves licenciadas para o fretamento nestes casos são apenas as aeronaves das companhias de táxi aéreo que são regulamentadas pela ANAC para o transporte de passageiros. Para isso, são fiscalizadas com muito mais rigor que as aeronaves particulares em termos de manutenção, precisam trabalhar apenas com tripulação contratada e ainda são obrigadas a cumprir jornadas de trabalho com as tripulações para evitar os riscos de cansaço e de excesso de horas de voo em um dia. “No transporte aéreo clandestino não há nada disso, o risco é enorme para todos”, afirma o Comandante Milton.

A ABTAer é uma organização não governamental, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, composta atualmente por quarenta e duas empresas associados, representando 16 Estados. A entidade nasceu há dois anos da iniciativa dos empresários do setor, que buscam a solução para os problemas que atingem esse segmento. O objetivo da ABTaer é interagir com os Órgãos Reguladores da Aviação Civil e apoio político, visando mitigar os problemas e dificuldades que atingem a categoria. Mais informações em www.abtaer.com.br

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