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07 fevereiro 2013

Expectativas mais realistas em 2013 moderam o otimismo do consumidor


“A expectativa do consumidor no início de 2013 foi afetada pelo PIB baixo, a queda na indústria e também pela alta da inflação. Em contrapartida, no início de 2012 esperava-se a alta do PIB e a queda da inflação, o que não ocorreu, mas deve ocorrer este ano”, diz Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O INC ACSP/Ipsos manteve 161 pontos em janeiro de 2013, mesmo número de dezembro, contra 178 em janeiro de 2012.

Classes sociais:
A classe C é a mais otimista, com 165 pontos em janeiro, contra 167 em dezembro de 2012. Em seguida vêm as classes A/B, com 153 pontos em janeiro contra 152 pontos em dezembro. As classes D/E - as menos otimistas – apresentaram alta de quatro pontos. Passou de 141 em dezembro para 145 em  janeiro, impulsionada pela alta do salário mínimo e das transferências de renda, como o bolsa-familia.

Regiões:
As regiões Norte/Centro-Oeste são as mais otimistas, com 193 pontos em janeiro de 2013, contra 167 em dezembro de 2012, provavelmente decorrente da boa safra agrícola.
Em seguida vem a região Sul, com 177 pontos em janeiro, contra 192 em dezembro do ano anterior.
Já a região Sudeste se manteve praticamente estável registrando 160 pontos em janeiro, contra 158 em dezembro.
E, finalmente, a região Nordeste - a menos otimista –também mantendo estabilidade com 148 pontos em janeiro, contra 148 em dezembro.  

Em resumo, 54% dos entrevistados julgam sua situação financeira atual como boa – mesmo índice de dezembro, e janeiro do ano passado. Já os que acham que a situação futura vai melhorar são 53% - porém, há um ano, esse índice era de 60%.
Destaca-se que 40% dos entrevistados se mantêm seguros no emprego, número que apresenta queda na comparação com o início de 2012. O mesmo ocorreu com a propensão à compra de eletrodoméstico, que continua favorável, apesar da ligeira queda. Mesmo assim, 46% continuam favoráveis em relação à compra de eletrodomésticos, contra apenas 23% menos favoráveis.
O número de pessoas conhecidas dos entrevistados, que estão “desempregadas”, sofreu ligeira queda, com 3,2 pessoas em janeiro de 2013, contra 3,3 pessoas em dezembro de 2012 e 3,3 pessoas em janeiro do ano anterior, confirmando os dados do IBGE.

Em síntese, as expectativas futuras há um ano eram muito mais otimistas, mas não se confirmaram. Já para o início de 2013 o consumidor detecta ligeira queda no desemprego, sente-se animado com a alta do salário mínimo e com a safra recorde. Porém sua percepção para os próximos seis meses está influenciada pelo noticiário. Apesar disso o otimismo do consumidor se mantém em um alto patamar.


Nota:
O INC ACSP/Ipsos é obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro. 
A margem de erro é de três pontos percentuais.
O Índice da ACSP/Ipsos varia de zero a 200 pontos. Acima de 100 pontos está a região do otimismo e abaixo de 100 pontos, a região do pessimismo.

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