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05 abril 2013

Ricardo Amorim destaca que crescimento do porto vai impulsionar construção civil e infraestrutura na Baixada Santista


O economista, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner, é um dos destaques do Ficon 2013 

Único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e economista mais influente do Brasil, segundo o Klout.com, Ricardo Amorim afirma que a evolução do Porto de Santos vai ser fundamental para sustentar o crescimento da Baixada Santista, influenciando decisivamente no desempenho da construção civil e infraestrutura regional. 

Esta será uma das tônicas da palestra que o economista vai proferir no dia 6 de maio, às 19 horas, na abertura do Ficon 2013 - Fórum da Indústria da Construção Civil de Santos e Região, evento promovido pelo Sistema A Tribuna de Comunicação e organizado pela Una Marketing de Eventos que acontece no Mendes Convention Center, nos dias 6 e 7 de maio. O encontro chega a sua terceira edição e deve reunir cerca de 300 empresários, os principais players do mercado e lideranças setoriais e políticas.

“Nos últimos anos houve um crescimento muito significativo do fluxo de comércio internacional brasileiro, o que motivou o crescimento da movimentação de cargas em nossos portos. E o porto de Santos e, por consequência, a Baixada Santista são fundamentais neste processo. É provável que este movimento se sustente ao longo desta década, mesmo que seja entremeado por períodos curtos de baixo crescimento ou de contração”, explica o apresentador do Manhattan Connection da Globonews, colunista da revista IstoÉ e presidente da Ricam Consultoria.

Segundo Amorim, apesar do crescimento dos últimos anos, o Brasil ainda é o país com menor coeficiente de importação em relação ao PIB em todo o planeta. “Não será possível reverter isso sem um setor portuário forte. É claro que os portos brasileiros ainda enfrentam atrasos significativos em termos de infraestrutura e serviços, que não serão resolvidos no curto prazo, mas a médio e longo prazo, investimentos importantes que já foram anunciados devem melhorar os acessos e a infraestrutura portuária, mesmo que não no ritmo que gostaríamos”, destaca.

O economista destaca que o setor de construção civil é, desde 2004, um dos principais motores do crescimento brasileiro, tanto do ponto de vista de geração de empregos, quanto como contribuição para o crescimento do PIB e para geração de lucros. “Isto deve continuar ao longo desta década, à medida que a expansão do crédito e o grande déficit habitacional impulsionam o crescimento do setor”, ressalta.

Bolha - No entanto, ele alerta: “Ainda que não haja hoje uma bolha imobiliária prestes a estourar no país, ao contrário do que temem muitos, nada garante que uma não se formará no futuro. Bolhas imobiliárias, quando estouram, levam economias inteiras à estagnação por muitos anos ou até décadas, ao reduzir brutalmente a atividade no próprio setor de construção – nos EUA, por exemplo, constrói-se hoje sete vezes menos do que em 2007 – de todos os setores dependentes de crédito em suas vendas – como o setor naval, aeronáutico e automotivo – à medida que grandes perdas bancárias impedem os bancos de expandir a oferta de crédito como antes”.

Para evitar isso, frisa Amorim, o Brasil não pode cometer os erros de países onde bolhas aconteceram, como excesso de estímulo tributário a financiamentos imobiliários ou financiamentos com entradas muito baixas ou até sem entrada, por exemplo. 

Crescimento sustentado - Ricardo Amorim avalia que o primeiro passo para garantir um crescimento acelerado e sustentado do setor é necessário criar mecanismos que reduzam o risco jurídico de investimentos, como ocorreu com a criação das figuras jurídicas do patrimônio de afetação e alienação fiduciária. Sem isso, explica o economista, o setor não teria crescido como cresceu nos últimos 10 anos.

“Um segundo movimento interessante seria a expansão da base de investidores do setor, particularmente facilitando a compra de imóveis no Brasil por estrangeiros. Além do estouro de várias bolhas imobiliárias há pouco tempo, ainda há vários riscos importantes que investidores de países desenvolvidos terão de lidar por lá nos próximos anos, particularmente, novos calotes na Europa, a saída de um ou mais países da Zona do Euro ou uma nova recessão nos EUA”, diz Ricardo Amorim. 

O economista destaca que o mundo está passando por um processo de mudança do seu centro de gravidade econômica, com os mercados emergentes ganhando importância e os países desenvolvidos perdendo importância relativa. Um dos componentes deste processo de transformação tinha de ser, e está sendo, um crescimento acelerado do consumo nos países emergentes e do crescimento bem menor nos países ricos, à medida em que o consumidor dos primeiros tem ganhos de renda  e maior acesso à crédito e dos segundos tem queda de renda e corte de disponibilidade de crédito. “Um dos maiores beneficiários deste processo é exatamente nosso setor de construção. Por isso, o interesse em investimentos em países emergentes e, particularmente no Brasil, deve crescer”, avalia.

Debates - Em 2013, o Ficon vai tratar também de outros importantes temas, que serão divididos em painéis que guiarão os debates: "A Indústria Imobiliária - Panorama Atual e Perspectivas para os Próximos Anos”; ” “Marketing Estratégico: Como realizar um Marketing Revolucionário e de Alto Impacto na Indústria da Construção"; “Cidades Sustentáveis – Cidades Inteligentes”; “Cidades Inteligentes – Soluções Modernas”; e “O que esperar de cada Cidade em Relação ao Boom Imobiliário Metropolitano que vivemos”. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do evento: www.unaeventos.com.br/ficon/2013

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