Inauguração,
promovida pela Câmara Municipal de São Paulo, ocorre nesta sexta (25/10);
espaço conta com mosaico feito a partir de obra do artista plástico Elifas
Andreato
O município de São Paulo passa a contar com um equipamento
público destinado a lembrar as vítimas da ditadura militar no país. A Praça e
Memorial Vladimir Herzog, que será inaugurada nesta sexta-feira (25/10), às
11h30, presta uma homenagem ao jornalista, que foi torturado e morto nas
dependências do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações
de Defesa Interna (DOI-Codi), em outubro de 1975.
Vlado, como era conhecido, cuidava da edição do telejornal
da TV Cultura, quando foi chamado a prestar esclarecimentos no batalhão do
Exército. Ele se apresentou de forma espontânea, sendo preso de maneira
arbitrária e submetido à tortura. Na época, as autoridades militares tentaram
forjar o seu suicídio. Toda a operação foi em vão: fotos e documentos
mostraram, claramente, que o jornalista foi assassinado pela ditadura.
A inauguração da Praça e do Memorial, promovida pela Câmara
Municipal de São Paulo, é resultado da luta de diversas instituições e
personalidades ligadas aos direitos humanos, além da própria família Herzog.
Entre elas estão a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, o Sindicato
dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e a Oboré (agência
especializada em comunicação popular).
O novo espaço contará ainda com um mosaico feito pelo
Projeto Âncora, organização não governamental (ONG) que atua na área de
educação. A obra reproduz o quadro “25 de Outubro”, também conhecida como “A
Guernica Brasileira”, do artista plástico Elifas Andreato. Segundo o presidente
da Câmara Municipal, vereador José Américo (PT), “a Praça e o Memorial Vladimir
Herzog servem para manter viva a memória de fatos que ocorreram e que queremos
ver banidos da história do nosso país”.
SERVIÇO
Inauguração da Praça e Memorial Vladimir Herzog
Sexta-feira (25/10), a partir das 11h30
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