PATROCINADOR

06 novembro 2013

Ficar 40 anos no mesmo emprego é raro? Nem tanto

Principal razão para uma empresa manter seu quadro estável de funcionários é esforço para não deixar os empregados mais qualificados irem embora

O trabalhador brasileiro está entre os que permanecem menos tempo no mesmo emprego. Essa foi a conclusão de um estudo de "Rotatividade e Flexibilidade no Mercado de Trabalho", elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), levando em conta uma lista de 22 países. A média brasileira, de 5 anos de vínculo empregatício, vem caindo progressivamente e os números indicam que os principais motivos são a busca por melhores salários e novos desafios na carreira. Mas, na contramão do que indica a pesquisa,  a Rede DEMEO tem em sua equipe colaboradores com até 40 anos de casa, que apostaram no plano de cargos, fizeram cursos e hoje são exemplos para os mais novos.

Trocar de emprego? Nem pensar, dizem eles. A controladora de estoque Marili Carvalho, por exemplo, entrou na empresa em 1973 e viu tanto a realidade da cidade, como da própria rede, mudarem radicalmente. “A rede cresceu e os produtos mudaram muito também. Hoje é muita tecnologia, um contraste com os primeiros anos de trabalho aqui, onde o controle era feito na ficha manual. Aqui é como se fosse minha família e poucos empregos oferecem hoje este tipo de ambiente”, diz.

Outro veterano na Rede Demeo é o vendedor Vitor Rosa dos Santos, na empresa desde junho de 1972. Ele lembra que na época a rede possuía apenas duas lojas e, por ter "boa letra”, era o notista, que emitia todas as notas fiscais da empresa. “Para falar a verdade, hoje é uma terapia trabalhar aqui. Os donos sempre foram bons e sempre nos valorizaram. Tudo é agradável, tanto que tenho 69 anos e nem penso em parar”, orgulha-se.

E a empresa também oferece oportunidades de crescimento. Lindon Matos foi contratado em 1989 como vendedor e hoje ocupa a gerência de uma das lojas. “Quando entrei aqui o estoque era maior, mas a gama de produtos era pequena. Hoje ninguém trabalha com muito estoque, mas em compensação, temos mais de seis mil itens disponíveis para os clientes e uma lista enorme de fornecedores”, lembra. Outro ponto citado por Matos são os progressos proporcionados pela tecnologia. “Antigamente era tudo manual e cada vendedor tinha cinco talões e fazia entre 800 e 900 notas por mês”.

Um outro funcionário com anos de casa é o gerente Eduardo Eugman, contratado em 1983 como contínuo, ou office-boy, como muitos preferem chamar. “Aqui é uma escola e fomos aos poucos nos adaptando às mudanças. Hoje temos disponível tecnologia de ponta e esses avanços nos incentivam. Participamos de cursos de atualização incentivados pela própria empresa. Eu, por exemplo, já fiz cursos de eletrônica, elétrica e mecânica. A gente acaba virando ponto de apoio para melhorar as vendas”, conta Eugman.


 “A principal razão para uma empresa manter seu quadro estável de funcionários é esforço para não deixar os empregados mais qualificados irem embora”, garante o diretor comercial da rede de lojas DE MEO, Gerson Eugênio e Silva

Nenhum comentário: