*Por Pedro Melo
Com uma velocidade
impressionante, o ano de 2013 passou diante de nós. Além de veloz, intensos
também foram esses 365 dias marcados por manifestações, crescimento baixo do PIB, dólar instável, leilões do
pré-sal, aeroportos e rodovias, dentre outros acontecimentos que mexeram com a
economia brasileira e que já estão em diversas retrospectivas, nos mais
variados veículos de comunicação e redes sociais.
Neste
momento em que 2014 desponta, o empresariado coloca em prática seus planos para
o novo ano, quando haverá eleições gerais e a Copa do Mundo no Brasil, dois
acontecimentos com significativo impacto na vida dos brasileiros e na agenda
nacional. Seria muito positiva uma firme retomada da confiança dos
investidores, para que nossa economia surpreenda positivamente as estimativas e
volte a ter expansão anual acima de dois por cento.
O Brasil é conhecido
internacionalmente pela sua capacidade de empreender. Em um primeiro momento,
essa vocação para criar negócios era quase uma questão de sobrevivência em uma
economia frágil e fechada. Agora, porém, podemos dizer que as novas empresas
encontram melhores condições para seguir seu caminho.
Em 2014, quando o
Real completa 20 anos, a economia e as empresas brasileiras enfrentarão o
desafio de se mostrarem fortes e com possibilidades de crescimento. Desse
desempenho também dependerá em muito uma estabilidade maior de nossa moeda no
câmbio.
A evolução de um país
está intimamente ligada ao desenvolvimento das empresas ao longo do tempo.
Dessa forma, cabem a elas e ao governo criarem estratégias que garantam o
incremento e a competitividade. Por isso, o empresariado deve estar preparado
e, acima de tudo, atualizado. Incentivos à inovação, utilização da tecnologia,
aperfeiçoamento da gestão, regulamentação governamental e investimentos na
educação são medidas que devem estar no topo das prioridades para acelerar e
aquecer a economia nacional.
Hoje, podemos dizer
com toda a segurança que nossos empreendedores estão mais do que nunca
fortalecendo a economia nacional, ajudando o nosso país a crescer, inspirando o
que há de mais importante em uma empresa e em uma nação: a valorização do
capital intelectual! Os talentos profissionais brasileiros são a mola
propulsora que ajudará o País a construir as alternativas necessárias
para um bom momento econômico e social.
Poder planejar
atividades em longo prazo seria o mundo ideal para as corporações e para as
projeções de investimentos produtivos. No entanto, os empreendedores que atuam
no Brasil têm de fato de conviver com certo componente de incertezas em relação
aos rumos da economia. Lidar com essas variáveis e dúvidas exige a elaboração
de planos com múltiplos vieses e alternativas de soluções diante de potenciais
mudanças econômicas.
Nesse cenário que se
desenha para o ano novo, é ainda mais importante manter uma gestão eficiente,
planejada, organizada, fundada nos princípios da boa governança e focada em
resultados. Tal procedimento permite que as empresas aproveitem melhor as
virtudes e potenciais de nosso país e convivam de modo mais adequado com os
seus problemas, mantendo diferenciais competitivos que reduzem
consideravelmente a exposição aos riscos corporativos.
* Pedro Melo é presidente da KPMG no
Brasil
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