Receita
real de vendas do setor cresce 4,2% no acumulado em onze meses, em relação ao
mesmo período do ano anterior
O faturamento do comércio varejista do Estado de São Paulo foi de R$ 45,6
bilhões em novembro de 2013, uma alta de 9,7% em comparação com o mesmo período
do ano anterior - em relação a outubro, contudo, o valor foi ligeiramente menor
(-0,5%). No acumulado dos onze meses de 2013, a receita real de vendas do setor
cresceu 4,2%, chegando a R$ 456,8 bilhões. Os dados fazem parte da Pesquisa
Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), apurada mensalmente
pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP), realizada em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado de
São Paulo (Sefaz).
Os setores que registraram as
maiores altas anuais foram os de materiais de construção (19,9%); de
concessionárias de veículos (15,7%); e de eletrodomésticos e eletrônicos
(12,7%). Já os supermercados, que representam a maior fatia do varejo,
apresentaram crescimento de 10,2% no faturamento de novembro, frente ao mesmo
mês do ano anterior.
O único ramo de atividade que
apresentou queda no período foi o de loja de departamentos. O faturamento do
segmento recuou 23%, frente a novembro de 2012. - resultado que contribuiu para
uma queda acumulada, nos onze meses do ano, de 17,2%, o pior desempenho entre
todos os segmentos.
Em comparação com outubro, apenas
quatro segmentos encerraram o mês de novembro com crescimento no faturamento:
de lojas de vestuário, tecidos e calçados (8,7%); de supermercados (4,5%); de
eletrodomésticos e eletrônicos (3,6%); e de móveis e decoração (3%). No
período, a receita real de vendas desses segmentos chegou, respectivamente, a
R$ 4,34 bilhões; R$ 13,11 bilhões; R$ 2,16 bilhões; e R$ 747 milhões. O maior
recuo partiu de concessionárias de veículos (-8,9%), ramo de atividade que
apresentou faturamento mensal de R$ 6,95 bilhões em novembro.
Segundo a FecomercioSP, embora os
resultados de novembro sejam positivos, ainda não é possível vislumbrar, no
horizonte de curto prazo, um cenário otimista para o varejo em 2014. Parte do
crescimento apurado no período está pautada em uma base fraca de comparação - e
não propriamente uma curva sustentada do consumo paulista.
Há uma queda acentuada na confiança
do consumidor, uma aceleração contundente na inflação de dezembro, riscos de
elevações reais em tributos municipais, além da manutenção de um ritmo fraco na
atividade econômica doméstica.
Capital paulista
A cidade
de São Paulo apresentou o terceiro melhor desempenho anual do setor. Em
novembro de 2013, as vendas da capital paulista cresceram 12,2%, em comparação
com igual período de 2012. Já no acumulado de janeiro a novembro, a expansão do
comércio varejista da região foi de 4,4%, chegando a R$ 143,3 bilhões.
Somente no mês de novembro, a
receita real de vendas da capital atingiu R$ 14,5 bilhões, o mesmo patamar
registrado em outubro. Entre os segmentos que mais impactaram positivamente os
resultados da região estão os de lojas de vestuário, tecidos e calçados (16,4%);
de eletrodomésticos e eletrônicos (8,2%); e de departamentos (7,2%).
Entre os resultados que
influenciaram negativamente as vendas do comércio varejista paulista,
destacaram-se as lojas de concessionárias de veículos (-9,1%).
Ranking regional
O comércio varejista
da cidade de Guarulhos foi o que mais apresentou crescimento anual entre as 16
regiões pesquisadas. No acumulado de 2013 até novembro, o faturamento do setor
atingiu R$ 26,2 bilhões no município, uma alta de 20,8% em relação a igual período
de 2012. Sorocaba foi a cidade com a segunda maior expansão do período de 11
meses (12,8%), atingindo faturamento de R$ 22,3 bilhões.
Quatro regiões encerraram o período
de onze meses com queda no faturamento: Jundiaí (-5,1%), Litoral (-4%), Presidente
Prudente (-0,9%) e Araraquara (-0,8%).
Nota metodológica
A
Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV)
utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo
paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16
Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios
paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos;
farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e
eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e
calçados; materiais de construção; supermercados; e outros).
Os dados brutos são tratados
tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o
seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são
obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
Sobre a FecomercioSP
A
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos
setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o
Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8
milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos
patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro
-, gerando em torno de cinco milhões de empregos.
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