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05 dezembro 2014

Empresas de ground handling apostam no amadurecimento da gestão aeroportuária do país e no reposicionamento da cadeia de atenção com foco nos diversos clientes


Novos gestores de aeroportos já revelam um olhar diferenciado para o segmento, na visão da maior entidade do setor

Com o amadurecimento da gestão dos aeroportos brasileiros, a cadeia de atenção que sempre se fixou em apenas dois pontos, passageiros e autoridades públicas, deve ser ampliada e incluir, entre outros, as empresas de ground handling. A opinião é do presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo) Ricardo Aparecido Miguel que começa a perceber nos novos gestores de aeroportos um olhar diferenciado para o segmento de ground handling service. “Os gestores já percebem, por exemplo, que também as Esatas, como são chamadas as Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo, fazem parte da necessidade global do aeroporto.”

Na visão do executivo, há toda uma cultura sendo mudada e se fala hoje não apenas em colocar o foco no cliente, que seria simplista até, mas em rever quem são os clientes dentro do sistema aeroportuário. “Não se pode deixar de considerar que a evolução precisa ser permanente, de todos os envolvidos – companhias aéreas, prestadores de serviços auxiliares, autoridades, agente regulador, entre outros. O foco no cliente parece algo óbvio, mas se torna complexo quando pensamos que o aeroporto é multidisciplinar”, afirma o presidente da Abesata, no sentido de que todos os elos do sistema de aviação se preocupam no atendimento ao passageiro, mas a gestão de um aeroporto tem que conciliar esforços para que eles alcancem seus objetivos.

A Abesata está hoje buscando mobilizar os administradores dos aeroportos, quer seja público ou privado, mas com olhares no futuro: “O Programa de Investimentos em Logística de Aeroportos do governo federal tem que decolar. Se do montante de 270 planejado em 2012 estivermos focados em 27, a aviação regional já terá um bom início. E gostaríamos que a infraestrutura lembrasse das necessidades das operações das Esatas e das empresas aéreas desde o planejamento do projeto", complementa Miguel.

As chamadas Esatas estão presentes em 70% das operações da aviação comercial, seja na realização de serviços operacionais (abastecimento de água, catering, carregamento de bagagem, transporte de passageiros e tripulantes, etc), serviços de proteção, serviços de emergência  e serviços comerciais.  Os dados fazem parte do levantamento do 1.° Anuário Brasileiro de Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos, lançado este ano.

Ao todo existem hoje 211 empresas de ground handling no Brasil, sendo que a maior parte está em São Paulo, 70 companhias, seguido de Minas Gerais, com 45, Rio de Janeiro, 36, e Rio Grande do Sul, com 31 empresas do setor. A maioria se concentra na prestação de serviços operacionais para as companhias aéreas, 147 empresas, mas muitas estão envolvidas com outros serviços, tais como atendimento de aeronaves (60), limpeza de aeronaves (50), movimentação de carga (50), atendimento e controle de embarque de passageiros (38), entre outros. Mais informações em www.abesata.org

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