O economista, único brasileiro na lista dos melhores e mais
importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner, é um dos destaques do
Ficon 2013
Único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes
palestrantes mundiais do Speakers Corner e economista mais influente do Brasil,
segundo o Klout.com, Ricardo Amorim afirma que a evolução do Porto de Santos
vai ser fundamental para sustentar o crescimento da Baixada Santista,
influenciando decisivamente no desempenho da construção civil e infraestrutura
regional.
Esta será uma das tônicas da palestra que o economista vai
proferir no dia 6 de maio, às 19 horas, na abertura do Ficon 2013 - Fórum da
Indústria da Construção Civil de Santos e Região, evento promovido pelo Sistema
A Tribuna de Comunicação e organizado pela Una Marketing de Eventos que
acontece no Mendes Convention Center, nos dias 6 e 7 de maio. O encontro chega
a sua terceira edição e deve reunir cerca de 300 empresários, os principais
players do mercado e lideranças setoriais e políticas.
Nos últimos anos houve um crescimento muito significativo do
fluxo de comércio internacional brasileiro, o que motivou o crescimento da
movimentação de cargas em nossos portos. E o porto de Santos e, por
consequência, a Baixada Santista são fundamentais neste processo. É provável
que este movimento se sustente ao longo desta década, mesmo que seja entremeado
por períodos curtos de baixo crescimento ou de contração, explica o
apresentador do Manhattan Connection da Globonews, colunista da revista IstoÉ e
presidente da Ricam Consultoria.
Segundo Amorim, apesar do crescimento dos últimos anos, o Brasil
ainda é o país com menor coeficiente de importação em relação ao PIB em todo o
planeta. Não será possível reverter isso sem um setor portuário forte. É claro
que os portos brasileiros ainda enfrentam atrasos significativos em termos de
infraestrutura e serviços, que não serão resolvidos no curto prazo, mas a médio
e longo prazo, investimentos importantes que já foram anunciados devem melhorar
os acessos e a infraestrutura portuária, mesmo que não no ritmo que gostaríamos,
destaca.
O economista destaca que o setor de construção civil é, desde
2004, um dos principais motores do crescimento brasileiro, tanto do ponto de
vista de geração de empregos, quanto como contribuição para o crescimento do
PIB e para geração de lucros. Isto deve continuar ao longo desta década, à
medida que a expansão do crédito e o grande déficit habitacional impulsionam o
crescimento do setor, ressalta.
Bolha - No
entanto, ele alerta: Ainda que não haja hoje uma bolha imobiliária prestes a
estourar no país, ao contrário do que temem muitos, nada garante que uma não se
formará no futuro. Bolhas imobiliárias, quando estouram, levam economias
inteiras à estagnação por muitos anos ou até décadas, ao reduzir brutalmente a
atividade no próprio setor de construção nos EUA, por exemplo, constrói-se
hoje sete vezes menos do que em 2007 de todos os setores dependentes de
crédito em suas vendas como o setor naval, aeronáutico e automotivo à
medida que grandes perdas bancárias impedem os bancos de expandir a oferta de
crédito como antes.
Para evitar isso, frisa Amorim, o Brasil não pode cometer os erros
de países onde bolhas aconteceram, como excesso de estímulo tributário a
financiamentos imobiliários ou financiamentos com entradas muito baixas ou até
sem entrada, por exemplo.
Crescimento sustentado - Ricardo Amorim avalia que o primeiro passo para garantir um
crescimento acelerado e sustentado do setor é necessário criar mecanismos que
reduzam o risco jurídico de investimentos, como ocorreu com a criação das
figuras jurídicas do patrimônio de afetação e alienação fiduciária. Sem isso,
explica o economista, o setor não teria crescido como cresceu nos últimos 10
anos.
Um segundo movimento interessante seria a expansão da base de
investidores do setor, particularmente facilitando a compra de imóveis no
Brasil por estrangeiros. Além do estouro de várias bolhas imobiliárias há pouco
tempo, ainda há vários riscos importantes que investidores de países
desenvolvidos terão de lidar por lá nos próximos anos, particularmente, novos
calotes na Europa, a saída de um ou mais países da Zona do Euro ou uma nova
recessão nos EUA, diz Ricardo Amorim.
O economista destaca que o mundo está passando por um processo de
mudança do seu centro de gravidade econômica, com os mercados emergentes
ganhando importância e os países desenvolvidos perdendo importância relativa.
Um dos componentes deste processo de transformação tinha de ser, e está sendo,
um crescimento acelerado do consumo nos países emergentes e do crescimento bem
menor nos países ricos, à medida em que o consumidor dos primeiros tem ganhos
de renda e maior acesso à crédito e dos segundos tem queda de renda e
corte de disponibilidade de crédito. Um dos maiores beneficiários deste
processo é exatamente nosso setor de construção. Por isso, o interesse em
investimentos em países emergentes e, particularmente no Brasil, deve crescer,
avalia.
Debates - Em
2013, o Ficon vai tratar também de outros importantes temas, que serão
divididos em painéis que guiarão os debates: "A Indústria Imobiliária -
Panorama Atual e Perspectivas para os Próximos Anos; Marketing Estratégico:
Como realizar um Marketing Revolucionário e de Alto Impacto na Indústria da
Construção"; Cidades Sustentáveis Cidades Inteligentes; Cidades
Inteligentes Soluções Modernas; e O que esperar de cada Cidade em Relação
ao Boom Imobiliário Metropolitano que vivemos. As inscrições estão abertas e
podem ser feitas no site do evento: www.unaeventos.com.br/ficon/2013.