PATROCINADOR

09 dezembro 2011

Kassab quer anistiar helipontos


São Paulo possui cerca de 250 helipontos, desses somente um está em situação regular e 61 em processo de regularização. O prefeito enviou a Câmara Municipal um projeto de lei que anistiará todas as áreas de pousos e decolagens da cidade. A regulamentação se iniciou em outubro de 2009, com a sanção da lei de autoria do vereador Chico Macena.

“A lei foi um passo importante que agora pode regressar. Os moradores de áreas onde o número de pouso e decolagens como Alto da Lapa, Pacaembu, Vila Olímpia, sabem o quanto o uso sem regulamentação dos helipontos prejudicam a qualidade de vida”, afirma a arquiteta,
 IsabelKonder Comparato, da Assampalba - Associação de Amigos Moradores pela Preservação do Alto da Lapa.

Para o autor da lei que regulamenta os helipontos, o vereador Chico Macena, se este projeto for sancionado todas as conquistas obtidas até o momento serão aniquiladas, “será uma verdadeira ‘anistia branca’”, afirma o vereador.

AUDI AG registra 28% de crescimento nas vendas mundiais em novembro

·         Mundialmente cerca de 111.400 veículos entregues no mês passado
·         Audi Brasil registra aumento de 96% em novembro
·         17,8% de crescimento na Europa

A AUDI AG vendeu cerca de 111.400 veículos em todo o mundo em novembro – um aumento de 28%. Os principais fatores responsáveis por este resultado foram o contínuo crescimento na China, assim como um novo aumento nas vendas na Alemanha.  Também nos principais mercados europeus a empresa atingiu dois dígitos de crescimento. No acumulado do ano, a AUDI AG vendeu cerca de 1.193.100 veículos ao redor do mundo, e está, portanto, na reta final para atingir a meta anunciada de 1,3 milhões de unidades vendidas até o final de 2011.

“Estamos crescendo contra as tendências na Europa Ocidental, o que resultou na maior participação de mercado da história da Audi. Pela primeira vez desde 2008, venderemos mais de 250.000 carros na Alemanha”, diz Peter Schwarzenbauer, vice-presidente mundial de marketing e vendas da AUDI AG.

Na Europa, cerca de 59.900 consumidores compraram um Audi em novembro, 17,8% a mais em comparação ao ano anterior. De janeiro a novembro, a venda foi 12,6% superior a 2010, com cerca de 670.300 unidades entregues. Na Alemanha, o mercado doméstico da Audi, as vendas no mês de novembro cresceram novamente em 13,8% para 25.093 carros. Este resultado deve-se principalmente ao sucesso da nova geração do A6, do compacto do A1 e  do SUV Q3. Ao longo dos primeiros onze meses do ano, a Audi vendeu 232.423 veículos na Alemanha, um aumento de 13,3%. No Reino Unido, o maior mercado europeu de exportação da marca, a Audi registrou crescimento de 30,7% em novembro, com 7.593 unidades vendidas. Cumulativamente, a fabricante entregou 108.975 veículos naquele país, 15,3% a mais que no mesmo período em 2010. Na França, as vendas aumentaram em 25,5% em novembro para 5.598 unidades, na Espanha 32,1% para 2.789 unidades e na Rússia o crescimento foi de 27,6%, para um total de 1.801 unidades neste mesmo período.

Nos  Estados Unidos, a AUDI AG planeja vender 115.000 veículos em 2011. No acumulado do ano, a companhia entregou 104.906 unidades, um aumento de 15,2%. Em novembro, 9.700 veículos foram vendidos, 3,6% a mais que no período equivalente no ano passado. Um forte crescimento foi registrado nas vendas no mercado brasileiro, com um aumento de 96% para 541 carros em novembro. No acumulado do ano, a Audi vendeu 4.644 unidades no Brasil, um aumento de 60%. Outro mercado em crescimento que está apresentando um bom resultado é a África do Sul. Em novembro, a fabricante alemã vendeu 1.017 carros, um aumento de 8,2%. Cumulativamente, foram vendidas 13.978 unidades, um aumento em relação a 2010 de 20,1%.

Também na Ásia, a Audi registrou taxas de crescimento de dois dígitos em novembro, como no Japão (1.626 carros, +25,9%) e na India (425 carros, +66%). Na China, 29.861 consumidores compraram modelos da Audi em novembro, o melhor mês da história da marca no país. A fabricante alemã vendeu um total de 283.600 veículos naquele mercado desde janeiro - um aumento de 35,2%. 

08 dezembro 2011

Importados prejudicam vendas de peças e componentes para veículos de duas rodas

A indústria fabricante de peças e componentes para atender os setores de bicicletas e motociclos vive momentos muito difíceis. Estamos assistindo a segunda fase da desindustrialização brasileira no segmento. Algumas empresas estão reduzindo seus quadros de funcionários para continuarem em pé e assim fazerem frente à concorrência dos importados, que cresceram 100% no exercício. 

Muitas indústrias estão deixando de fabricar e importando porque: os produtos importados são subsidiados no pais de origem; a moeda é artificialmente manipulada para facilitar a exportação e alguns estados brasileiros dão incentivos a quem importa, o que é totalmente contrário ao interesse do País”, desabafa Auro Levorin,  vice-presidente do SIMEFRE – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.

O mercado continua registrando índices negativos, principalmente para os fabricantes que fornecem para a indústria de bicicletas, que sofreram uma perda da ordem de 10% no faturamento”, diz Renan Chiabai Feghali, diretor do SIMEFRE.

No seu entender, os instrumentos de defesa comercial não alcançam o setor fabricante de peças e partes para bicicletas e motos, que observa as importações crescerem a níveis assustadores de um ano para outro sem muito o que fazer para conter essa competição desleal. 

Bicicletas: Levorin acredita que a indústria que fornece para os fabricantes de bicicletas tenha sofrido uma perda da ordem de 20%, enquanto o mercado caiu cerca de 7%. “O consumidor colocou o pé no freio porque não tem certeza sobre a influência que sofreremos da crise econômica dos EUA e Europa”, conta.

Para agravar mais ainda a situação, os fabricantes convivem com a concorrência dos produtos importados, principalmente aqueles fabricados na China. “Até o momento estamos bancando o prejuízo, mas muitas empresas deixaram de produzir inúmeras peças e reduziram o quadro funcional para fazerem frente à queda de demanda”, assegura.  

Entre as peças que deixaram de ser fabricadas no Brasil estão as de aço, alumínio e as de plástico, como corrente, roda livre, câmbio, coroa, cubos, raios, freios, etc.

Segundo Levorin, faz parte da estratégia dos fabricantes de peças e partes para veículos de duas rodas para fazer frente à concorrência externa é adensando a cadeia produtiva de Manaus. “Assim podemos competir melhor neste mercado”, confessa. 

Motociclos: Segundo os dois representantes do SIMEFRE, o setor de motopeças está em melhor situação. O mercado de peças para motos deve crescer cerca de 10% e a indústria 5%. “Mesmo em expansão, o segmento também enfrenta problemas semelhantes de substituição de componentes nacionais pelos importados”, completa Feghali. 

O aumento de participação de produtos importados ocorre com as vantagens contratuais de marcas que, praticamente vedam a substituição dos componentes nos veículos que chegam em CKD. “Principalmente as marcas entrantes (novas) que se valem das facilidades da atual regulamentação da PPB (Processos Produtivos Básicos)”.

Perspectivas para 2012: Feghali diz que uma grande preocupação dos fabricantes da área é que a China transfira para o Brasil tudo que exportava para os Estados Unidos, Europa, etc. (países que vivem com maior intensidade a crise econômica).
Ele reclama da falta de uma política industrial no Brasil que beneficie o setor de componentes, que agrega tecnologia e mão-de-obra, diferentemente de outros países como a Argentina e a Comunidade Européia. Os fabricantes brasileiros estão com dificuldades nas exportações e estão perdendo mercado para os produtos importados. “É mais fácil financiar a importação do que a exportação. A indústria da Zona Franca de Manaus está crescendo, mas isto não quer dizer que os fornecedores brasileiros também estejam”, diz.   

Ele explica que as empresas que compõem o setor, na sua grande maioria, são de pequeno e médio porte e têm problemas para se organizarem em termos de defesa comercial.  Segundo ele, esse trabalho deve ser feito pelas entidades que representam as indústrias.  

Levorin não acredita que 2012 traga grandes mudanças para os fabricantes de peças e partes de bicicletas e motociclo. No caso do segmento de moto, ele arrisca um pequeno crescimento, que pode girar em torno de 2%. Já, o mercado de produtos para bicicletas deverá permanecer igual ou pior que 2011. “Esperamos que haja mais empenho por parte do governo, no sentido de agilizar os mecanismos de defesa comercial necessários para equilibrar a concorrência desigual que existe entre a fabricação no País e a importação”, finaliza.

Produção de motociclos cresce cerca de 14% em 2011

A produção de motociclos deve atingir 2.08 milhões de unidades em 2011, registrando crescimento  de 14%, ante 1.830 milhões de unidades produzidas em 2010.


Prestes a bater um novo recorde em produção e vendas no mercado interno, o setor fabricante de motociclos – responsável por mais de 140 mil empregos diretos e indiretos - está se preparando para fechar o ano de 2011 com produção de 2.080 milhões de unidades. Esse volume representará um crescimento de 14% sobre o resultado do ano passado quando o setor fabricou 1.830 milhões de unidades.

Mesmo com a crise financeira internacional, o resultado conquistado até o momento está dentro das metas estabelecidas pelo setor no final do ano passado. “Esperávamos crescimento tanto de produção quanto das vendas no mercado interno e isso se concretizou neste ano”, afirma Paulo Takeuchi, vice-presidente do Simefre - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.   

Segundo ele, do total a ser fabricado de janeiro a dezembro de 2011, cerca de 2.020 milhões de unidades deverão ser comercializadas no mercado doméstico e 60 mil exportadas. As vendas internas crescerão 11% sobre 1.818 milhão de unidades vendidas em 2010 e as exportações, diante da desvalorização cambial deverão registrar queda da ordem de 13% ante as 69.2 mil unidades de 2010.

No entender do vice-presidente do SIMEFRE, o crescimento das vendas continua sendo o reflexo da absorção da cultura da motocicleta como meio de transporte eficiente nos grandes centros urbanos e nas áreas rurais em muitos Estados brasileiros. Isso por ser um meio de transporte ágil e eficiente, facilitando os trajetos para o trabalho, escola, lazer e também sendo utilizado para uso profissional. “Além disso, tem um baixo custo de aquisição e manutenção e é um meio de transporte econômico no consumo de combustível. Baixo custo e economia fazem do produto uma ótima opção também nas cidades menores e na zona rural”, complementa. 
De acordo com Takeuchi, o veículo de duas rodas é comprovadamente um transporte de muita praticidade, econômico, barato e “o verdadeiro veículo popular”. Trata-se da opção ideal para enfrentar o trânsito das metrópoles e também para um deslocamento fácil nas cidades menores e na zona rural. Porém, é indispensável haver conscientização por parte dos motociclistas, motoristas, ciclistas e pedestres sobre a necessidade de haver convivência pacífica no trânsito e atitude responsável. Para ele, a não convivência pacífica no trânsito e os acidentes decorrentes desse comportamento são fatores negativos que devem ser combatidos por toda a sociedade, através da consciência na busca da harmonia no trânsito.  

Takeuchi conta que os fabricantes têm investidos grandes cifras em produtos moderno, dotados de alta tecnologia, para atender as necessidades dos consumidores e, principalmente, oferecer veículos com preços mais competitivos. “Podemos afirmar que, para o setor se tornar competitivo é necessário agregar cada vez mais itens nacionais na cadeia produtiva”, reforça.

Entre os cinco maiores produtores mundiais de motocicletas, com mais de 2 milhões de unidades fabricadas anualmente, o setor de duas rodas brasileiro têm visto os consumidores das classes C e D, principais clientes da modalidade, sofrerem os reflexos da instabilidade da economia mundial, pois são os que mais dependem da liberação de financiamentos, que nesse período tiveram seus processos de aprovação mais rigorosos e suas condições praticamente inacessíveis.

Perspectivas para 2012 – Os fabricantes de motociclos estão prevendo dificuldades no setor, por conta da crise econômica mundial, principalmente a questão da Europa. Em contrapartida, o ano eleitoral deverá ajudar o setor, pois, o movimento tende a ser muito forte em anos de eleições.  “Em função das incertezas econômicas, será um ano de difícil crescimento, más se tivermos a cautela e ousadia nas doses corretas, poderemos ter uma ano bastante positivo”, finaliza Takeuchi.

Produção de carroçarias de ônibus cresce 8,3% em 2011

A indústria fabricante de carroçarias de ônibus (urbanas, rodoviárias, micros, minis e intermunicipais) está terminando 2011 com um ótimo resultado, uma vez que somando a produção para atender os mercados interno e externo, o volume produzido deverá atingir cerca 35 a 35,6 mil unidades e com isso, um crescimento de 8,3% ante as 32.821 unidades fabricadas em 2010.
Quarto maior produtor mundial de carroçarias de ônibus, com capacidade instalada para fabricar entre 40 a 42 mil unidades, a indústria deverá comercializar no mercado doméstico em torno de 31 a 31,5 mil unidades e exportar entre 4.050 a 4.100 unidades, conquistando crescimento de 11% e perda de 8,5 a 9%, respectivamente. “Nossas vendas domésticas continuam extremamente representativas, representando 88,5% do volume produzido, enquanto às exportações respondem por 11,5%”, explica José Antônio Fernandes Martins, Presidente do SIMEFRE – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.
De acordo com o Presidente do SIMEFRE, em 2010 a indústria produziu 32.821 unidades, das quais 28.256 foram comercializadas no mercado doméstico e 4.565 mil unidades exportadas.
No acumulado de janeiro a outubro de 2011, as empresas da área fabricaram 29.041 unidades e registraram crescimento de 8,3% sobre as 26.804 carroçarias do ano passado. As vendas domésticas nos dez primeiros meses do ano somaram 25.718 unidades obtendo desempenho 11.1% acima das 23.166 carroçarias vendidas em 2010 e as exportações totalizaram 3.313 unidades recuando 8,9% ante as 3.638 unidades exportadas até outubro do ano passado.
Para Martins o desempenho do setor em 2011 recebeu a influência de vários fatores positivos e negativos. Entre os pontos positivos estão o PSI – Programa de Sustentação do Investimento, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que oferece oito anos de prazo, a juros de 10% e financia 90% do bem para pequenas e médias empresas. “Além disso, houve um aumento do poder aquisitivo da população, que passou a viajar mais e levou às empresas de ônibus aumentarem suas frotas”, pontua Martins.
Compra antecipada aquece vendas - Segundo o Presidente do SIMEFRE os empresários de ônibus anteciparam a renovação das frotas porque a partir de 2012, todos os comerciais (caminhões e ônibus) movidos a diesel que sairem das linhas de montagens estarão dentro da norma Euro V e, consequentemente, entre 10% a 15% mais caros. 
Outro fator alavancador do desempenho, no entender de Martins foram as vendas através do programa Caminho da Escola do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que oferece crédito do BNDES com financiamento de até 100%, juros fixos de 4,5% e prazo de pagamento até 8 anos. Este segmento - criado em 2008 pelo ex-presidente Lula – já somam 22 mil unidades. “Em 2011, ele responderá por cerca de 15% das vendas do setor, ou 5 mil unidades. A modalidade Finame continua importante, para os fabricantes da área, uma vez que ela representa mais de 80% das vendas do setor”, explica. 
Perspectivas 2012 – Segundo o Presidente do SIMEFRE é tremendamente difícil fazer estimativas numa situação em que o mundo todo está em crise e ninguém sabe qual será o futuro dos que estão envolvidos no Euro. “Qualquer colocação deve ser muito bem entendida para não causar alardes. Uma previsão, com a Europa completamente desorganizada e, principalmente, sem que tenha ocorrido o equacionamento das dívidas desses países (Itália, Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda) pelos países lideres da comunidade européia (França e Alemanha), deixa uma expectativa de incertezas”. No entender de Martins, o Brasil certamente não sairá ileso da crise. “Vivemos uma economia internacional de muita turbulência e querendo ou não ela vai afetar nosso crescimento”, alerta Martins.
Segundo ele, em 2012 o mercado total de carroçarias de ônibus poderá ser 7 a 10% menor do em 2011. As vendas para o mercado interno ficarão de 6 a 8% menores ante o resultado de 2011 e as externas, caso trabalhemos com dólar entre US$ 1,7 a US$ 1,75 poderão registrar aumento de 8 a 10%, quando comparadas as unidades exportadas no exercício que termina. 
Para Martins a perda esperada para 2012 não será desesperadora, pois o setor estará retornando ao patamar de 2010, que foi um ano recorde para as empresas da área. Porém, os números previsto só valerão “se conseguirmos fazer com que o BNDES aprove o Finame Verde (linha de crédito especial do PSI para os ônibus que serão fabricados dentro da norma Euro V), com financiamento de 100% do bem, juros fixos de 7% e prazo de pagamento até 10 anos. “Se conseguirmos isso, a possibilidade de termos um bom desempenho no próximo ano será muito boa”, diz Martins. 
No entender do presidente do SIMEFRE, o PIB (Produto Interno Bruto) não deverá ser superior a 3%. “Alguns segmentos deverão fechar em 2%. Para 2011, havia sido previsto um PIB da ordem de 4% a 4,5 %, mas talvez não chegue a 3% ou 3,2%”. 
Por outro lado a economia brasileira, apesar da crise traz tranqüilidade. O grande grau de confiança no país cresceu muito em função dos fundamentos macros econômicos. “Temos uma reserva cambial de US$ 350 bilhões; um depósito compulsório disponível para uma emergência de R$ 440 bilhões; os juros estão caindo (de 12% caiu para 11%) e deve baixar para 10,5% a 10% em 2012. Outras circunstâncias que favorecem nossa economia são:
- Estabilidade política;
- Ano eleitoral;
- Sistema bancário regulamentado;
- Empresas – em geral - capitalizadas e lucrativa; 
- Grande produtor de commodities agrícola; 
- Maior produtor de commodities minerais;
- Pré sal e outras bacias petrolíferas que poderão torna o país possível exportador do produto. 
Nova Gestão - A nova diretoria do SIMEFRE – empossada hoje (6 de dezembro de 2011) tem como grande meta para o próximo mandato, combater a forte desindustrialização que vem atacando muitos segmentos da nossa área industrial de transformação que deve fechar o ano com um déficit próximo a US$ 60 bilhões, quando há cinco anos este número era positivo em US$ 6 a 7 bilhões. 
Este déficit foi causado pela presença violenta das indústrias asiáticas, principalmente as chinesas porque não termos poder de competitividade. Com isso, elas estão vendendo volumes fantásticos dentro Brasil e criou este processo de desindustrialização, que já ocorreu nos EUA. As lojas de departamento dos Estados Unidos só comercializam produtos chineses (radio, tv, telefones, geladeiras, roupas etc). “Essa desindustrialização dos EUAs gerou um desemprego acima de 9% e agora começa afetar a nossa indústria de transformação no Brasil de maneira bastante preocupante, embora nosso índice de desemprego seja muito confortável comparado aos da Europa é de 6%”, pondera Martins.
A desindustrialização é causada por fenômenos estruturais, como taxa de juros e carga tributária altas; sistema de logística deficiente; infraestrutura (metroferroviário, rodoviária, aeroportuário) que não funciona e está aquém do desenvolvimento do País; câmbio volátil que prejudica o planejamento dos exportadores. Existe ainda, o problema da triangulação ou circunvenção, que é a utilização de indústrias chinesas que trazem produtos em CKD e montam em países do Mercosul. Isso ocorre porque não existe inspeção aduaneira suficiente para verificar de o produto possui certificado de origem de 60%. Com isso, os produtos entram com imposto zero e tiram completamente a competitividade dos fabricantes brasileiros.
“O plano Brasil Maior, anunciado pelo Governo Federal aborda fortemente o assunto, autorizando o aumento da quantidade de técnicos disponíveis para fazer inspeção, devendo, provavelmente, contar com a participação do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Com esta ação, esperamos que ele possa debelar este mal que é tão grande ou maior que a desindustrialização”, reforça Martins.
No entender do Presidente do SIMEFRE, o plano Brasil Maior representará uma desoneração fiscal da ordem de R$ 27 bilhões, mostrando que o Governo está empenhado em trazer competitividade às empresas. “Martins pede agilidade na regulamentação e que o mesmo seja ampliado para outros setores (ônibus, ferroviário, empresas operadoras de transportes, entre outros)”. 
A diretoria do SIMEFRE tem, ainda, como bandeira a regulamentação da lei que estabelece margem de 25% às empresas brasileiras em concorrências internacionais. A indústria ferroviária sofreu muitos ataques das chinesas e coreanas perdendo muitos negócios em função de preços não competitivos. Através dessa lei nossas empresas poderão ser beneficiadas com preço de até 25% a mais. 
Prioridades: Guerra a desindustrialização e a triangulação; luta para que o plano Brasil Maior seja implantado e ampliado em sua totalidade; aumento da competitividade; buscar melhora substancial do setor de infraestrutura; de logística; equacionamento do sistema tributário; acabar com a guerra fiscal entre estados; fazer com que plano pré sal se desenvolva rapidamente e com eficácia. 
O comportamento do mercado em 2012 vai depender muito do governo brasileiro e também do desenrolar da crise européia, principalmente, do apoio que os EUA, França e Alemanha possam dar aos problemas de endividamento e que eles possam ser equacionados. Guerra fiscal é extremamente negativa, favorecem alguns estados em detrimento de outros isso é outro item que através do plano Brasil Maio deveria ser conseguida uma solução para acabar com a guerra fiscal que é extremamente prejudicial para a indústria.

Mercado de bicicletas cresce 10% em valor mas importação sobe 75% e afeta desempenho da indústria

Vendas da indústria brasileira caem 3,8% em 2011 mas valor sobe cerca de 10% Importação cresce 75% e produção nacional sofre queda de 8%

São Paulo, dezembro de 2011 – Apesar do aumento de 75% da importação e da queda na produção nacional de 8%, a indústria fabricante de bicicletas deve comemorar 2011 como mais um ano de formalização e de aumento de valor do mercado. “Estimamos um acréscimo de aproximadamente 10% em valor o que reflete a venda de produtos de melhor qualidade. Vimos também mais um ano em que a produção migrou para os fabricantes formais”, comenta Eduardo Musa, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE).  

No entender do vice-presidente do SIMEFRE, o ano também foi positivo para a indústria instalada em Manaus, principal pólo de produção de bicicletas do Brasil, onde a produção voltou para o patamar histórico de um milhão de unidades ao ano depois de dois anos na casa das 600 mil bicicletas produzidas. “Estimamos que a produção naquela região cresceu mais de 60% em 2011”, observa. Esperamos outro ano de crescimento em 2012, da ordem de 35%, com a maturação de investimentos realizados no pólo e com a abertura de novas montadoras de bicicletas e fábricas de componentes e peças.

Em dezembro de 2010, Musa comentou que, apesar do bom momento econômico do País e da bicicleta estar em grande evidência, tanto a produção quanto a venda nacional do veículo sofreriam retração ou ficariam estagnadas em 2011. “Infelizmente para nós, minha previsão se concretizou e deveremos terminar o exercício com queda de 3,8% no consumo. Acredito que deveremos comercializar cerca de 5 milhões de unidades, ante às 5.2 milhões de 2010”, projeta.  

Segundo ele, desempenho mais preocupante fica por conta da produção que está sofrendo uma queda considerável. “Estimamos que a fabricação nacional que era de quase 5 milhões de unidades caiu para aproximadamente 4.5 milhões em 2011”, diz Musa. Mas, apesar da queda na produção, o Brasil manterá a posição de terceiro maior fabricante de bicicletas do mundo, atrás apenas de China e Índia.

Para Musa, a principal causa para a queda na produção de bicicletas em 2011 está no crescimento “assustador” das importações, que devem atingir níveis recordes no exercício. Ele estima que as importações devem crescer mais de 75% este ano, passando de 250 mil unidades em 2010 para mais de 450 mil em 2011. 

A importação que representava menos de 1% do consumo brasileiro há cinco anos, deve acabar 2011 representando quase 10% do consumo brasileiro. “Em outra palavras, a importação cresceu 10 vezes em cinco anos!”

Consumo em unidades não deve crescer em 2012 mas valor de mercado continua em ascensão

De acordo com o vice-presidente do SIMEFRE, as projeções para o ano de 2012 em termos de produção e vendas domésticas não devem sofrer grandes alterações. Ele entende que o consumo deve continuar no patamar de 5 milhões de unidades, talvez com uma pequena queda, seguindo as mesmas tendências dos últimos anos e a produção e a importação se estabilizem nos patamares de 2011, apesar do aumento da alíquota de importação de 20% para 35% em setembro de 2011. “Na nossa opinião, a nova alíquota não será suficiente para reduzir as importações mas deve evitar um crescimento maior”, acrescenta.

Segundo Musa, nenhum setor ficará imune aos efeitos da crise mundial, mas ele acredita que o segmento de bicicletas tem fatores favoráveis que devem sustentar as tendências de crescimento de valor. 

Indústria de implementos rodoviários comemora desempenho de 2011.

Os fabricantes de implementos rodoviários (reboques, semirreboques, carroçarias sobre chassis, 3º eixos, bitrens e rodotrens) – que respondem por 68.000 empregos diretos e indiretos - estão comemorando o excelente desempenho do setor durante o exercício de 2011. 

De acordo com Cesar Pissetti, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), a indústria está encerrando o exercício com vendas 7,5% maiores do que as registradas no ano anterior.

Pissetti acredita que o setor deve emplacar até o final de dezembro cerca de 183 mil unidades, contra os 170 mil implementos emplacados em 2010. Com esse resultado, a indústria deve faturar cerca de R$7,5 bilhões, ante os R$ 6,8 bilhões de 2010 (considerando-se as vendas dos equipamentos completos e peças). 

Influência positiva
Segundo ele, o resultado global da indústria foi impulsionado pelo bom comportamento do agronegócio e o pelo preço das commodities agrícolas, que ajudou os produtores brasileiros a se capitalizarem e realizarem investimentos. Outro fator considerado muito positivo, o qual deve continuar influindo positivamente nos próximos anos é o aquecimento do mercado da construção civil (impulsionado pelas obras do PAC I e II), não esquecendo as obras preparatórias para Copa 2014, Olimpíada em 2016, Pré-Sal e outros. A disponibilidade de crédito (Finame e PSI) a juros e prazos acessíveis, também refletiu, assim como os investimentos em infraestrutura no Brasil, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com alíquota igual a 0%, aumento quantitativo e do poder aquisitivo da classe média e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Influência negativa
O desempenho dos fabricantes de implementos rodoviários poderia ter sido melhor não fossem alguns fatores que contribuíram negativamente para o resultado. Entre eles, Pissetti menciona a: inflação acima da meta; tendência de desaceleração do consumo pelo alto endividamento; lenta recuperação americana e crise na região do Euro; baixa competitividade brasileira devido câmbio; aumento de preços devido obrigatoriedade de caminhão 6x4 para bitrem e protetor lateral para semirreboques; infraestrutura e logística deficientes; falta de clareza no Programa Brasil Maior e escassez de mão-de-obra qualificada.

Dos emplacamentos esperados para 2011, Pissetti estima que os implementos da linha pesada deverão responder por 57 mil unidades e os da linha leve por 126 mil unidades. “As exportações serão  responsáveis por aproximadamente 5.000 unidades de linha pesada, ante as 4.468 unidades exportadas em 2010”, diz o vice-presidente do SIMEFRE. 

Perspectivas para 2012
No entender do vice-presidente do SIMEFRE, a indústria fabricante de implementos rodoviários trabalha com perspectivas bastante positivas para 2012.  Os fabricantes deverão emplacar cerca de 193 mil unidades (linha leve e pesada), resultado que será 5,4% maior do que os 183 mil implementos projetados para 2011 no mercado interno. 

A previsão para exportação em 2012 fica em torno de 5000 unidades de linha pesada, repetindo 2011. Com este resultado, o faturamento das empresas da área deverá ser da ordem de R$ 7,9 bilhões. 

Quando dividimos a expectativa de 2012 por linha de produtos, projetamos para o segmento de reboques e semirreboques, o emplacamento de 58,5 mil unidades, com crescimento de 2,6% sobre as 57 mil de 2011. Já as carroçarias sobre chassis responderão por 134,5 mil unidades, crescendo 6,7% sobre as 126 mil unidades emplacadas no exercício que termina. 

Os fatores que poderão influenciar positiva e negativamente o setor em 2012 são basicamente os mesmos dos registrados nos dois últimos anos.