Em 2012
a produção da indústria brasileira de pneus recuou 6,4% em relação a 2011, de
acordo com os dados da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos,
mantendo a mesma tendência de 2011, quando tinha recuado 0,6%, em relação a
2010. “Parte da queda se deve à retração de 1,9% mostrada pelos dados da
ANFAVEA sobre a fabricação de veículos no país, mas o principal fator para a
menor produção foi a continuidade no crescimento da importação de pneus que já
responde por 40% do consumo no país”, diz Alberto
Mayer, presidente da ANIP.
Internamente, o recuo na
produção de
pneus de 2012 decorreu de
declínio de 6 ,6% na produção de pneus para automóveis e de 2,6% na de ônibus e
caminhões. “A produção de caminhões teve queda maior do que a
de automóveis no ano passado, mas as vendas
de nossas associadas foram menos afetadas por importação”, explica Alberto
Mayer. Ele acrescenta que somente a produção dos pneus destinados aos tratores
agrícolas registrou crescimento, de 1,6%, acompanhando o bom desempenho do setor
agro.
Exportações e importações - No ano houve a
continuidade do processo de retração nas exportações de pneus, em unidades,
resultando numa redução de 28% no total, comparado com 2011, período que já
registrava o impacto no comércio exterior da contração do mercado mundial, com
redução de 3 ,9% das exportações. “Quase todas as categorias de pneus
apresentaram declínio nas suas exportações no ano de 2012”,
lembra Mayer, destacando a forte queda das exportações de pneus para
bicicletas, de 77%.
Já as importações totais de
pneumáticos, em unidades, apresentaram recuo de 5%, se comparadas a 2011, ano
em que as importações cresceram 10% em relação ao período anterior. Como
conseqüência, o saldo do comércio externo em unidades ficou negativo em 27,2
milhões, representando um aumento de 14% no déficit em relação ao mesmo período
de 2011.
Porém, numa comparação por
valores comercializados os números mostraram-se mais favoráveis, embora ainda
negativos. As importações de pneus totalizaram a cifra de US$ 1.531 milhões, com
queda de 7 % do verificado no mesmo período de 2011. As exportações somaram US$
1.461 gerando um saldo negativo de US$ 70 milhões na balança comercial do
setor, resultando na redução de 35% no déficit em relação a 2011. “Esse ganho
obtido no período, significa que o Brasil exportou produtos de maior valor
unitário em 2012, entre eles pneus de carga e para equipamentos
fora-de-estrada”, comenta Mayer.