A nova versão do documento, lançado em 2015, deverá ser levada à Consulta Nacional em junho.
Recebida com entusiasmo pela sociedade brasileira quando de seu
lançamento pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), há dois
anos, a ABNT NBR 16365:2015 - Segurança
de roupas infantis - Especificações de cordões fixos e cordões
ajustáveis em roupas infantis e aviamentos em geral - Riscos físicos está sendo submetida a revisão, em processo comandado pelo Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17). A nova versão deve ser levada à Consulta Nacional em junho.
A norma especifica
os requisitos para cordões fixos e cordões ajustáveis em roupas
infantis, incluindo trajes com capuz para crianças com até 14 anos de
idade, bem como descreve outros riscos com aviamentos presentes nas
roupas. Elaborado com base na norma britânica BS14862/2007, o
documento veio possibilitar que se garanta a segurança contra acidentes
aos quais os usuários estão expostos ao vestirem certos tipos de
roupas.
A revisão está a cargo de uma Comissão de Estudo, a CE -017.700.003 - Artigos confeccionados incluindo roupas profissionais,
da qual participam confecções e magazines – C&A, Pernambucanas,
Calvin Klein e YKZ –, a Associação Brasileira de Varejo Têxtil (ABVTex),
o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) por meio do laboratório de
seu Centro de
Têxteis Técnicos e Manufaturados (Cetim) e o Senai representado pela
unidade Francisco Matarazzo e pelo Centro de Tecnologia da Indústria
Química e Têxtil (Cetiqt).
A superintendente do ABNT/CB-17, Maria Adelina Pereira, comenta que a
norma tem sido mais aplicada pelos magazines, interessados em demonstrar
que seus artigos não oferecem riscos aos pequenos usuários. “Ela é
também citada como item importante no Manual de Qualidade de Uniformes
Escolares do IPT”, informa.
Riscos físicos e químicos são abordados em partes distintas da norma, cuja aplicação evita os seguintes acidentes: cadarços
e cintos prenderem em escorregadores, provocando enforcamento, ou
ficarem presos em portas de automóveis e ônibus causando arrastamento; e
engolimento de botões, ponteiras, cursores de zíper, termocolantes,
entre outros aviamentos que podem levar a sufocamento. A elaboração da
primeira versão teve a participação da ONG Criança Segura e do Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade e Tecnologia (Inmetro).