*Por Rodrigo Lico
Depois
de quase 2 anos sem realizar eventos com público, São Paulo volta a
sediar a F1, marco para o inicio da retomada gradual no setor da
indústria do entretenimento
Com
previsão para ocorrer entre os dias 12 e 14 de novembro no Autódromo de
Interlagos, em São Paulo, o primeiro lote de vendas de ingresso se
esgotou em poucos dias. Vale ressaltar que o ingresso mais barato para
os três dias do evento, custam em torno de R$ 650 reias e os de valores
mais elevados podem ultrapassar R$ 20.000 mil reais.
Embora
a capacidade de ocupação do autódromo seja reduzida e os organizadores
garantem seguir todos os protocolos de higiene e segurança contra o
Coronavírus, a pergunta que muitos se fazem é “Convém realizar este
evento no Brasil, com um número de óbitos alarmante, sendo São Paulo a
cidade que registra o maior número de contaminados e óbitos no país?”.
Na
contramão dessas questões também se encontra outro dilema, com o
contraponto da questão econômica para se realizar o evento. Sabemos que
se trata de uma modalidade com um público de alto poder aquisitivo, que
podem trazer recursos para setores que estão em crise na cidade e
reaquecer a atividade econômica. Dentre eles: transporte aéreo e
terrestre, turismo, hotelaria, bares e restaurantes, boates entre
outros.
Estudos
indicam que em média a Formula 1 movimenta em apenas esses 3 dias um
montante superior a R$ 320 milhões de reais (mais de R$ 100 milhões por
dia), com um média de 150 mil pessoas presentes no evento, na cidade e
no entorno, destes 85 mil são turistas e 20% estrangeiros.
Muitas
dúvidas ainda precisam ser esclarecidas, muito embora o evento já
possua o alvará para ocorrer, com o consentimento da prefeitura,
questões práticas precisam ser sanadas, como por exemplo: quanto à
prefeitura investiu no evento? Será preciso ter tomado às duas doses da
vacina para ter acesso? Como será o controle das equipes, dos pilotos e
de todos os profissionais envolvidos?
Estamos
falando em números absolutos que cada equipe possuiu uma média de 1970
profissionais envolvidos. Ao todo são 10 equipes, então a estimativa de
profissionais envolvidos gira em torno de 19.700 pessoas. Como estes
ficarão hospedados em seus respectivos hotéis, o contato com outras
pessoas? Como se dará o monitoramento para evitar se contagiar ou
contagiar outros pela Covid-19?
Em
síntese sabemos que se trata de um evento colossal e consagrado,
presente no calendário da cidade, que possui adesão da maior parte da
nação. Essa será a 73ª temporada e muitos querem ouvir o barulho dos
motores, ver a velocidade dos carros e sentir a emoção da pista. Qual a
sua opinião, deve ou não ser realizado a F1 no Brasil?
*Rodrigo
Lico é graduado em Publicidade e Propaganda; jornalista diplomado;
pós-graduado em Comunicação Organizacional; colunista editorial;
comentarista; analista politico e econômico; estrategista em
comunicação, mídia e marketing nos meios de comunicação; coach em
formação, consolidação e consagração de imagem pessoal e institucional e
digital influencer
Instagram: @rodrigolico