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06 agosto 2012

Navalshore 2012 consolida crescimento da indústria naval e projeta os futuros desafios do setor


Principal feira do segmento naval e offshore da América Latina reuniu, durante três dias, 16.192 mil pessoas no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro

A nona edição da Navalshore 2012 - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, o principal encontro do segmento naval e offshore na América Latina, chegou ao fim nesta sexta-feira (3/8) no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, com o seguinte saldo: o País tem, hoje, um mercado consolidado, mas com muitos desafios pela frente. Passaram pelos pavilhões, conferências e worskshops técnicos, ao longo de três dias de evento, cerca 16.192 mil pessoas, atraídas pelos cinco pavilhões internacionais e oportunidades de negócios apresentados por 350 expositores nacionais e internacionais de 17 delegações estrangeiras, além de profissionais vindos de mais de 40 países.

O evento trouxe novidades como um pavilhão dedicado exclusivamente aos estaleiros do Brasil, a Conferência WorkBoat South America e a série de Workshops Técnicos, além de contar com a presença dos principais players do setor.

No terceiro dia, a Navalshore recebeu lideranças como o presidente da Transpetro, Sergio Machado, e empresariais como Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Machado destacou a importância da Navalshore: "Ficamos 20 anos sem produzir navios e hoje somos a quarta maior carteira do mundo em produção de navios e temos estaleiros em construção. A Navalshore é uma feira que atraí fornecedores, produtores e cada vez que venho visitá-la vejo que está maior. Isso mostra a força do setor". Skaf concordou: "A indústria naval estava paralisada e com a demanda gerada pela Petrobras as empresas ressurgiram. Este grande movimento nos estandes e conferências da Navalshore mostra o crescimento e potencial do segmento em agregar valor a indústria nacional". 

"A tendência é termos uma evolução consistente em cada edição em virtude do segmento naval apresentar perspectivas muito positivas e demonstrar total comprometimento com a evolução tecnológica para atingir níveis de excelência em termos de produtividade. Há projeções de negócios para os próximos 20 anos e a indústria precisa incorporar a eficiência como lema. Queremos, com a Navalshore, possibilitar, portanto, que as empresas nacionais, internacionais e governo construam, juntos, um crescimento sustentável para o setor", ressaltou o gerente da feira, Michael Fine.

Tendências - O ambiente de expansão do segmento foi sentido tanto por quem visitou a feira como por quem expôs. É o caso da gerente de Vendas da Man Diesel e Turbo Brasil, Aline Barros: "Na Navalshore encontramos todas as empresas do setor e podemos acompanhar as tendências do mercado. Nesta edição o que me impressionou foi a quantidade de empresas presentes que eu não conhecia. Isto revela o crescimento e a grande oportunidade que a feira proporciona de conhecermos quem está chegando para investir no País".

"Encontrei aqui na Navalshore exatamente o que estava procurando: novos fornecedores e empresas que tragam novas tecnologias para o segmento. A feira é bem focada no setor e é muito importante para fazer networking com outras empresas e profissionais que ajudam a melhorar o nosso desempenho", afirmou Miguel Carvalho, executivo da BrasFELS.

Entre os visitantes da Navalshore, há aqueles que procuram informações para elaborar uma análise fundamentada do segmento. "Vim para saber o que está acontecendo no mercado. Nesta feira discutem-se as últimas novidades e é importante estar aqui. Além disso, conseguimos interagir com as pessoas envolvidas no setor, o que ajuda muito na tomada de decisões estratégicas", disse Natasha Miranda, economista da Saipem do Brasil. Renato Aguiar, consultor da Esab Soldagem e Corte concordou: "A indústria naval está em crescimento e a Navalshore é fundamental porque reúne todos os segmentos envolvidos na discussão de opções para superarmos os desafios que já se apresentam e os que vêm por aí".

Networking. Munidos de informações dos bastidores da indústria naval e offshore, os executivos presentes dedicaram-se ao networking. Responsável pela Oceana Navegação, Jimmy De Souza, comentou que esta edição da Navalshore o surpreendeu pela qualidade da visitação que esteve presente estande da empresa. "A feira transcende a caráter institucional e oferece grandes oportunidades de networking", comentou. A empresa, que faz parte do Grupo P2 Brasil, recebeu na semana passada a licença para a construção do seu estaleiro e aproveitou a feira para dar mais detalhes sobre a nova empreitada. 

A unidade de construção naval, que dará respaldo à atividade de navegação de apoio da companhia, estará localizada em Itajaí (SC) e deve estar habilitada para processar aço já no ano que vem. "Consideramos que a melhor alternativa para a nossa operação de navegação seria contar com um estaleiro próprio que desse suporte à nossa atividade", contou o executivo. Segundo ele, serão investidos R$ 640 milhões e o estaleiro estará 100% operacional em 2013. "Temos já definida prioridade no FMM (Fundo da Marinha Mercante) para quatro PSV 4500. Prevemos que a entrega da primeira unidade aconteça em julho de 2015", complementou De Souza.

Johanna Baart-Ristsma, diretora-presidente da Agência da Indústria Naval Holandesa no Brasil, avaliou que o País não só apresenta um ambiente propício para novos negócios, mas, pela evolução do setor, é hoje um novo campo para o desenvolvimento de tecnologia. "Encontramos hoje parceiros para projetos e, também, interessados em troca de conhecimento tecnológico. Este é um sinal de que o segmento está se expandindo de forma sustentável e com visão de longo prazo", ressaltou. 

2013. Ao final do terceiro dia de evento, a UBM Brazil, organizadora da Navalshore, informou que houve um alto índice de expositores que renovaram a participação na próxima edição da feira, que acontecerá de 6 a 8 de agosto de 2013, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. 

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