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13 agosto 2013

Expoente da fotografia humanista, Sabine Weiss ganha primeira mostra no Brasil

Trazida ao Brasil pela Aliança Francesa e pela PSA Peugeot Citroën Brasil, a consagrada fotógrafa francesa expõe 60 imagens no Espaço Conceito Citroën Oscar Freire de 16 de agosto a 15 de setembro. A entrada é gratuita.
 
Na segunda quinzena de agosto de 2013 a consagrada fotógrafa francesa Sabine Weiss ganha mostra no Espaço Conceito Citroën Oscar Freire com 60 fotografias. Trazida ao Brasil pela Aliança Francesa e pela Citroën, a exposição “Sabine Weiss, Amor pela Vida” ficará em cartaz de 16 de agosto a 15 de setembro. O vernissage acontece no dia 15, às 19hs, fechado para convidados.

Nascida na Suíça em 1924 e naturalizada francesa, Sabine Weiss dedicou cerca de 70 anos à fotografia até os dias atuais. É um recorte dessa imensa produção que a curadora Agnès de Gouvion Saint-Cyr teve o desafio de selecionar especialmente para esta exposição que passará primeiro pelo Centro Cultural Correios (RJ). A mostra não é apenas inédita no Brasil: é a primeira retrospectiva da artista na America Latina.

“Enquanto você a imaginaria mais facilmente debruçada sobre a mesa selecionando os negativos e retocando os ensaios, Sabine Weiss continua correndo o mundo, e o mundo mais distante, já que, com quase 90 anos, após uma recente viagem na Índia e a montagem de sua grande retrospectiva na Suíça, alegra-se em vir colocar o seu olhar meigo e benevolente sobre o Brasil”, comenta a curadora.

As fotografias estarão divididas em seis seções: “Infância”, “A fé”, “Noite e Neblina”, “Ambientes”, “Outras terras” e “Artistas”. Na prática, a história da fotografia dos anos 50 até os dias de hoje, perpassando os mais variados lugares, como Paris, Roma e Nova York.

Sabine Weiss pode não ser tão conhecida no Brasil, entretanto, entre os fotógrafos humanistas, seu nome é comumente associado às listas dos memoráveis, que incluem Robert Doisneau, Brassaï, Willy Ronis, Gisèle Freund e Janine Niepce. Sobre o trabalho dela, o próprio Doisneau declarou: “As cenas, aparentemente inofensivas, foram inscritas com uma malícia deliberada naquele momento preciso de desequilíbrio quando o que é comumente admitido está sendo questionado”. Não é por acaso que algumas de suas fotografias encontram-se hoje nas coleções públicas do Musée National d'Art Moderne de Paris, do Centre Georges Pompidou, do Art Institute de Chicago, do Metropolitan Museum e do Museum of Modern Art de New York, do Museum of Modern Art de Kyoto (Japão), e do museu Folkwang, em Essen (Alemanha).

Sabine utiliza essencialmente o preto-e-branco, buscando sobretudo um enquadramento preciso, uma certa qualidade de luz e ambientes. Percorreu as ruas de Paris, muitas vezes à noite, para encontrar temas variados, mas, sempre próximos do homem em seus momentos universais: cenas de rua, solidões, crianças, crenças, figuras humanas na neblina, fugacidade de uma emoção.

Sua produção inclui fotos de artistas (fotografou Stravinsky, Stan Getz, Giacometti, Cocteau, Fernand Léger, Dubuffet, Raushenberg), publicidade e moda (aos 22 anos foi assistente do célebre fotógrafo de moda Willy Maywald) e encomendas de publicações como Paris-Match, Life, Time, Newsweek, Fortune, Esquire, entre outras. Mas Weiss sempre teve preferência declarada pelo povo, sobretudo crianças e anciões, todos ligados por uma característica comum de espontaneidade e simplicidade. “Gosto muito deste diálogo constante entre mim, meu aparelho e meu tema, o que me diferencia de alguns outros fotógrafos que não buscam este diálogo e preferem se distanciar de seu tema”, declarou certa vez. “Eu testemunhava, pensava que uma foto forte deveria nos contar uma peculiaridade sobre a condição humana. Sempre senti a necessidade de denunciar com minhas fotos as injustiças que encontramos”.

“Seu trabalho pessoal está ligado à vida no cotidiano, às emoções e às pessoas, mesclando com desenvoltura poesia e observação social, e de uma maneira única. Por isso, apesar da sua obra ser tão relevante, porém pouco conhecida por aqui, muito nos orgulha poder viabilizar esse encontro com o público brasileiro”, explica Clea Tiepo, Gerente de Promoções e Eventos Citroën Brasil.

Sabine Weiss

Em 1942, aos 18 anos, ao interrogar-se sobre o que fazer da vida, resolveu ser fotógrafa porque era o que gostava de fazer. Desde cedo, a mãe levava-a para visitar galerias de arte e igrejas romanas e o pai, pesquisador químico, gostava de vê-la, ainda criança, tirar suas pequenas fotografias com os recursos da época. Entre 1942 e 1945, aprendeu a profissão no estúdio Boissonnas, de Genebra, que formou uma dinastia de fotógrafos e já festejava seus 80 anos. Em 1945, Sabine Weiss instala seu ateliê em Genebra, mas, em 1946, resolve deixar a cidade de sua infância para viver em Paris. Já sabendo que não haveria retorno. Em 1949, conhece o pintor norte-americano Hugh Weiss, com quem se casa. Suas fotografias sensibilizam Edward Steichen que, de 1955 a 1960, prepara sua grande exposição “The Familiy of Man”, na qual apresenta três de suas fotografias. Suas imagens foram temas de muitas exposições individuais e coletivas no mundo inteiro.

Sobre o Espaço Conceito Citroën Oscar Freire
O Espaço Conceito Citroën Oscar Freire possibilita aos clientes a vivência da filosofia da marca. Voltado para o conceito da Citroën, o espaço recebe uma série de eventos culturais desenvolvendo projetos direcionados à música, arte e a cultura em geral. Destacam-se os eventos em torno de João Cândido Portinari, workshop com o artista plástico francês Christian Boltanski, entre outros.

Serviço
Exposição “Sabine Weiss, Amor pela Vida”.
Local: Espaço Conceito Citroën Oscar Freire - Rua Oscar Freire, 1.009, Jardins, São Paulo
Vernissage: 15 de agosto
Exposição: 16 de agosto a 15 de setembro
Entrada: Grátis.
Telefone: (11) 3063-1810
(11) 3063-3223 (La Boutique Citroën)
(11) 3063-4071 (Le Créative Café)

Horário de funcionamento
Diariamente: das 10h às 20h

Feriados: das 12h às 19h

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