Vendas
seguem em ritmo moderado em agosto na capital, com alta de 2,1%
"Os dados sinalizam uma desaceleração no ritmo de crescimento das
vendas na primeira quinzena de agosto. Mesmo assim, as vendas devem continuar
positivas no 2º semestre", diz ROGÉRIO AMATO, presidente da
Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações
Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Levantamento da Associação Comercial de São Paulo
revela que as vendas no comércio na primeira quinzena na capital paulista
tiveram um crescimento moderado, de 2,1%, em relação ao mesmo período de
2012.
Essa é a média dos dois indicadores da entidade
que medem as vendas: o IMC (Indicador de Movimento do Comércio, que avalia as
vendas a prazo) e o ICH (Indicador de Movimento de Cheques, que considera as
vendas à vista).
Quando se analisa apenas o IMC, registraram-se
crescimentos de 3% em relação ao mesmo período de 2012 e de 3,1% ante a 1ª
quinzena de julho de 2013.
Já o ICH apresentou alta de 1,1% na
comparação com 2012 e 11,9% em relação à 1ª quinzena de julho, sinalizando que
no Dia dos Pais predominaram presentes de pequeno valor e de uso pessoal.
Inadimplência e crédito
O IRI (Indicador de Registro de Inadimplentes)
registrou ligeira alta de 0,1% com relação a 2012 e queda de 11,2% em relação
ao mesmo período de julho.
Já o IRC (Indicador de Recuperação de Crédito)
apresentou alta mais elevada, de 0,7% em relação a 2012 e alta de 1,4% em
relação a julho.
Esses dados, de modo geral, sinalizam declínio da
inadimplência dos consumidores.
Cautela
Em síntese, o consumidor está procurando
quitar suas dívidas para administrar seu orçamento - e isso se reflete na
cautela em relação às compras e na confiança dos últimos meses. Isso tudo é
influenciado pelas atuais incertezas no cenário econômico, caracterizado pelas
altas do câmbio, da inflação e dos juros. Pioraram também as condições do
crédito.
As compras devem continuar crescendo no 2º
semestre mas em ritmo moderado.
Cenário nacional
A alta 2,1% nas vendas na
capital paulista ficou ligeiramente abaixo da média nacional (3%). A razão
disso é que a cidade é um polo maduro e com muitas indústrias, que têm
apresentado desempenhos fracos. Já nas outras regiões do país a economia tem se
revelado mais dinâmica por conta dos recordes nos números do agronegócio.
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