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28 fevereiro 2014

O carnaval pelo olhar de quem o faz

O carnaval brasileiro, antes considerado como um simples período de festa, adquiriu com os anos personalidade como cultura do povo. A festa popular, por meio de músicas, fantasias e dança, revela sentimentos e emoções dos participantes, como alegria, amor e criatividade.

Em cada região, o carnaval possui particularidades próprias. Os carros alegóricos, blocos de rua, bonecos gigantes, fantasias exageradas, danças típicas e ritmos musicais, embora pareçam diferentes em estilo, possuem uma semelhança importantíssima: embelezam e divertem todas as cidades do país ao mesmo tempo.

Para a instrutora do Espro - Ensino Social Profissionalizante, Sandra Ismael, o carnaval é como uma grande apresentação teatral a céu aberto. "Fantasias e alegorias se transformam em indumentárias teatrais, o palco é a avenida e a bateria uma grande orquestra", afirma ela.

A profissional foi introduzida ao carnaval paulista desde muito pequena. Seus pais a levavam para assistir os desfiles ainda na Avenida São João. "Minha família toda é apreciadora de samba. Tenho familiares espalhados por quase todas as escolas de samba de São Paulo".

A paixão por esta cultura, vinda de seus antepassados, fez com que Sandra estudasse e entendesse melhor o significado desta grande festa, não só como uma forma de divulgar o país, mas principalmente os valores que ela agrega a seus participantes e admiradores, como a integração das comunidades, participação de vários setores da sociedade e valorização da cultura popular.

Hoje, ela é coordenadora da Ala das Crianças da Escola de Samba Império de Casa Verde, no qual exige atenção redobrada, já que trabalha com crianças de 7 a 12 anos. Além dos ensaios, a instrutora faz reforço escolar, recria brincadeiras antigas e esquecidas pelo tempo e tecnologia, trabalha coordenação motora com atividades manuais e corporais, dramatizações e socialização. "O sorriso e olhar de contentamento de cada um deles me motiva e me da energia para que eu possa executar minhas atividades rotineiras em casa e no trabalho", declara.

Além das atividades com as crianças, Sandra concilia seu tempo com a função de instrutora de jovens no Espro, instituição que se dedica à formação e à inserção de jovens no mercado de trabalho, que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Na função, Sandra tem o papel de compartilhar ideias, conhecimentos e despertar nos jovens o espírito empreendedor, para que eles possam aperfeiçoar-se e concorrer mais adequadamente às vagas que o mercado oferece. "Quando se ama o que faz, qualquer esforço se desfaz e dá lugar ao prazer de ver estes jovens encaminhados", revela.

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